São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros BÚSSOLA Mande sua pergunta para coluna duvidainvest@grupofolha.com.br / twitter: @folha_mercado Eike Batista perdeu dinheiro na Bolsa; se alguém perde, outro ganha? RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - A vida na Bolsa de Valores não funciona exatamente dessa forma. Ou seja, para que alguém ganhe, não necessariamente outra pessoa deve perder. Aliás, o senhor Eike Batista não perdeu nada, ao menos na Bolsa. O que ocorreu foi que os ativos de suas empresas se desvalorizaram no mercado. Suponha que ele possuísse R$ 1 bilhão de ações de suas empresas, cujo preço médio em Bolsa era de R$ 20 por papel. Assim, seu patrimônio seria da ordem de R$ 20 bilhões. Se, por hipótese, a desvalorização dos papéis foi de 10%, seus recursos seriam agora avaliados em R$ 18 bilhões. Isso significa que houve uma desvalorização de R$ 2 bilhões no patrimônio do empresário. No entanto, ele continua com a mesma quantidade de papéis. Como o senhor Eike não vive do sobe e desce das cotações de seus ativos em Bolsa, ele não teve prejuízo, pois não vendeu os ativos. No entanto, quem comprou os papéis de forma especulativa, pensando em uma valorização dos mesmos no curto prazo, "realizará prejuízo" ao vender por um preço menor que o da aquisição. Os únicos que ganham com a queda das ações e um eventual prejuízo alheio são aqueles que trabalham com derivativos e fazem operações mais sofisticadas, por vezes arriscadas, como venda a descoberto -em que o investidor vende ações que ainda não possui para se beneficiar da queda de preços desse papel. Se achar interessante trabalhar com esse tipo de operação, sugiro que procure um agente de investimentos, que poderá auxilá-lo melhor. É bom lembrar que esse tipo de operação costuma ser feito por investidores já habituados com o mercado financeiro. Texto Anterior: Acompanhe seus fundos Próximo Texto: Eu invisto em Índice | Comunicar Erros

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