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Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio atingem pleno emprego
DO RIO
Em 3 das 6 maiores regiões
metropolitanas do país, a taxa de desemprego declinou a
um nível considerado como
de pleno emprego -ou seja,
quando a demanda se aproxima da oferta.
São elas: Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro,
onde as taxas ficaram, respectivamente, em 4,1%,
4,9% e 5,3% em setembro.
"Essas regiões atingiram
taxas muito baixas, parecidas com a dos EUA antes da
crise, que vivia uma condição de pleno emprego", disse
Cimar Azeredo Pereira.
Foi a primeira vez que Belo
Horizonte ficou abaixo dos
5%. Em Porto Alegre, a taxa é
inferior a esse percentual
desde maio. Já o Rio teve a
sua mais baixa marca da série histórica do IBGE, iniciada em março de 2002.
Não há uma definição padrão, mas muitos economistas consideram que taxas
próximas a 5% significam
pleno emprego. Isso porque
sempre existe o chamado desemprego natural.
É que persiste uma assimetria do mercado, pela qual as
vagas oferecidas nem sempre se encaixam ao perfil de
quem as procura. Além disso, há pessoas que estão buscando o emprego ideal e não
se ocupam até encontrá-lo.
Porto Alegre já vivia uma
realidade melhor há mais
tempo -em setembro, a ocupação cresceu 1% ante agosto, enquanto o número de desempregados caiu 8%.
Rio e Belo Horizonte avançaram mais recentemente e
não registraram indicadores
tão bons em setembro.
No Rio, o total de empregados caiu 0,4% em relação a
agosto. Já o de desocupados
teve queda maior: 8%. Em
Belo Horizonte, a ocupação
subiu 0,2%, ao passo que o
contingente de desempregados recuou 7,7%.
Para Fábio Romão, economista da LCA, o conceito de
pleno emprego é controverso, ainda mais no Brasil. "Há
uma disparidade de renda
muito grande no país e alta
informalidade."
Na média, porém, o desemprego caiu graças a São
Paulo, onde a ocupação cresceu 0,7% de agosto para setembro e o número de desempregados cedeu 7,4%.
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