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China se desacelera no 3º tri e
tem maior inflação em 23 meses
PIB cresce 9,6% sobre o mesmo período de 2009, ante 10,3% no 2º tri
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
A China, principal parceiro comercial do Brasil, anunciou leve desaceleração do
crescimento econômico no
terceiro trimestre do ano. Os
números oficiais registraram
crescimento de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, ante
10,3% no trimestre anterior.
A pequena queda no ritmo
de crescimento, antecipada
por analistas, veio acompanhada de aumento da pressão inflacionária. O índice de
preços ao consumidor dos últimos 12 meses até setembro
chegou a 3,6%, o maior em 23
meses e acima da meta oficial
de 3% para este ano.
Nesta semana, a China
surpreendeu ao elevar as taxas de juros em 0,25 ponto
percentual. Foi o primeiro
aumento desde dezembro de
2007. A medida foi interpretada como uma tentativa de
coibir a pressão inflacionária
e a especulação imobiliária.
"Os riscos macroeconômicos ligados ao excesso de liquidez, à inflação, a bolhas
de ativos e a um crescimento
cíclico de maus empréstimos
bancários estão crescendo
significativamente", disse o
presidente do banco central
chinês, Zhou Xiaochuan.
Segundo Tatiana Rosito,
conselheira econômico-comercial da Embaixada do
Brasil em Pequim, a redução
moderada do ritmo "é fundamental para permitir que o
país faça ajustes necessários
em sua economia, em direção a maior consumo doméstico e menor peso relativo
dos investimentos e das exportações, o que também
contribui para o rebalanceamento da economia global".
Na análise do banco
HSBC, tanto o crescimento
do PIB quanto a inflação estão dentro do esperado, portanto não há motivo para
preocupação.
"O crescimento provavelmente se estabilizará em torno de 9% nos próximos trimestres, enquanto o alto índice de preço ao consumidor
se esgotará em breve."
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