São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2010

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Investimento produtivo no exterior cresce

DE SÃO PAULO

A combinação de real valorizado e crise nos países desenvolvidos tem levado a uma aceleração do processo de internacionalização de empresas brasileiras.
De janeiro a setembro, os investimentos produtivos de empresas brasileiras no exterior atingiram um valor recorde de US$ 17 bilhões, segundo dados do BC.
Esse foi o montante que deixou o país com a finalidade de adquirir ou aumentar a participação no capital de companhias no exterior.
Com real forte e ativos à venda a preços baratos no exterior, empresas brasileiras têm aproveitado para se expandir além das fronteiras, segundo especialistas.
"Hoje é possível comprar ou aumentar a participação em empresas lá fora por valor muito mais barato em reais do que no passado", afirma André Sacconato, da consultoria Tendências.
Vultosos empréstimos do BNDES para criar grandes "campeãs" nacionais também têm contribuído, diz.
Para Antonio Côrrea de Lacerda, da PUC-SP, o retorno dos investimentos produtivos direcionados a países ricos só ocorrerá no longo prazo, por conta da persistência de um processo lento de recuperação no mundo desenvolvido.
Por isso, embora estejam expandindo operações no exterior, multinacionais brasileiras têm evitado aplicar sobras de caixa lá fora, o que vem alimentando a tendência de empréstimos de recursos para matrizes.
Para Rita Mundim, da Fundação Dom Cabral, o real forte tem provocado um "êxodo das bases operacionais" da indústria brasileira. Mas o baixo custo do capital lá fora e os altos juros domésticos têm feito filiais enviarem recursos.(EF)



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