|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Intenção de consumo de bens duráveis volta a subir
Após o fim das desonerações de IPI, que arrefeceu a
intenção de consumo do brasileiro, os índices voltam a
subir e apontar alta em 2010.
Em maio, o percentual de
brasileiros com intenção de
adquirir algum bem durável
nos três meses seguintes
atingiu 17%, patamar superior ao pico de fevereiro, segundo a Fecomércio-RJ.
"O índice vinha em ascensão desde o começo do ano,
mas tivemos um ajuste em
razão do fim do IPI reduzido", diz Christian Travassos,
economista da entidade.
Mesmo os produtos que
contaram com desonerações
do IPI, já retiradas, registram
intenção de compra em patamar elevado, como geladeira, fogão e veículos. O destaque da TV deve-se à Copa.
É possível que ocorra aceleração, mas não tão forte,
segundo Francisco Pessoa,
da LCA Consultores, que
alerta para a reação do BC em
caso de crescimento elevado.
A pesquisa aponta que
cresceu a parcela dos consumidores com algum financiamento e diminuiu a dos que
estão em atraso. O percentual de brasileiros que respondeu que vai sobrar dinheiro depois de todas as
despesas pagas ficou em
37%, contra 30% em abril.
"O ambiente geral favorável torna o consumidor propenso a buscar compras de
bens que envolvem crediário", diz Marcel Solimeo, da
Associação Comercial de SP.
O levantamento abordou
mil domicílios em nove regiões metropolitanas.
BORRACHA VERDE
A Pirelli vai iniciar a produção em
escala de pneus verdes para carros e
caminhões no ano que vem. "A meta
da empresa é que 40% da produção
mundial de 2011 seja de pneus verdes", diz Guillermo Kelly, presidente
da Pirelli para a América Latina.
No Brasil, o produto está sendo desenvolvido no centro tecnológico de
pesquisas de Santo André (SP), em
parceria com a Itália, e será produzido
nas principais fábricas do país.
O pneu verde é feito com menos material não renovável, como petróleo, e
oferece menor resistência na rodagem, o que diminui o consumo de gasolina e a emissão de gás carbônico.
A empresa mudou o foco das exportações neste ano. Com a melhora da
qualidade e da performance dos produtos, a filial brasileira mira os Estados Unidos e a Europa. "Vamos duplicar as exportações para o mercado
norte-americano neste ano", diz Kelly.
BRASIL CAI EM LISTA DE RICOS
O crescimento no número
de milionários no Brasil não
acompanhou a média mundial no ano passado e o país
perdeu uma posição no ranking dos que têm mais ricos.
O total de milionários no
país aumentou 12% sobre
2008. São 147 mil pessoas
com ativos de ao menos US$
1 milhão, segundo estudo de
Capgemini e Merrill Lynch.
O país foi ultrapassado pela Austrália, que tinha 174
mil milionários em 2009, 45
mil a mais que em 2008.
Entre os 12 países com
mais milionários, o crescimento brasileiro só foi maior
que os de Alemanha e Itália.
Na média, o número de milionários no mundo avançou
17% no ano passado.
Ainda de acordo com o estudo, 87% da riqueza dos milionários no Brasil está concentrada nas mãos dos ultramilionários (aqueles que têm
ao menos US$ 30 milhões).
Na média global, os ultramilionários concentram
35,5% da riqueza.
Zelador O número de
ações de cobrança por falta de
pagamento da taxa de condomínios cresceu mais de 25%,
segundo levantamento do sindicato de habitação Secovi-SP,
realizado em São Paulo em
maio. Foram registrados 1.199
casos, contra 891 ações ajuizadas no mês anterior.
Torcida 1 Empresas de bebidas projetam aumento de
vendas durante os jogos da
Copa do Mundo. A Cereser,
que produz vinhos, filtrados e
destilados, prevê crescimento
de 6% em junho e julho sobre
igual período do ano passado.
Torcida 2 A Vinícola Perini estima alta de 10% na venda de vinhos finos durante o
Mundial. "A Copa cria novas
situações de consumo, em casa e bares. Aliada à chegada
do frio, acaba gerando mais
vendas", diz Franco Perini.
Torcida 3 O ritmo de compras de lojas e supermercados
se acelerou no início deste
mês, segundo Oscar Ló, presidente da Vinícola Garibaldi.
"Com a Copa, as pessoas bebem vinho em dias e horários
que normalmente não haveria
consumo", diz Ló, que prevê
aumento de 20% nas vendas.
Cachê alto 1 A Vallua Consultoria e Gestão abre uma nova unidade independente de
negócios -a Naxentia- para
projetos de reestruturação
com foco em empresas com faturamento anual entre R$ 50
milhões e R$ 500 milhões.
Cachê alto 2 Hoje, a companhia fatura R$ 7 milhões ao
ano e espera arrecadar R$ 3
milhões com o novo setor. A
empresa nasce com quatro
clientes do segmento de serviços na carteira.
Móveis no exterior O
setor moveleiro gaúcho e de
outros cinco Estados brasileiros quer ganhar mercado na
América Latina, Central e África do Sul. O objetivo é crescer
as exportações em 5% neste
ano e em 15% até o fim de 2011,
segundo o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves).
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e ÁLVARO FAGUNDES
Próximo Texto: Arrecadação cresce 16,55% em maio Índice
|