São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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Suzano investe em tecnologia florestal

Empresa paga US$ 82 milhões por Futuragene, voltada a pesquisa e desenvolvimento

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

A Suzano Papel e Celulose fechou a compra da Futuragene PLC, empresa de pesquisa e desenvolvimento de biotecnologia direcionada para os mercados de culturas florestais e biocombustíveis.
A companhia pagará cerca de US$ 82 milhões por 92,8% das ações da empresa com sede em Londres e ações negociadas na Bolsa local. A Suzano já detinha uma participação indireta de 7,12% no capital da Futuragene desde 2001.
Trata-se da primeira aquisição da Suzano em tecnologia florestal. A Futuragene trabalha em inovações para atender a crescente demanda mundial por fibras, combustíveis, alimentos e para proporcionar melhor utilização de recursos naturais, como terra e água.
Em fase mais adiantada estão as técnicas para o incremento da produtividade florestal voltada à produção sustentável de madeira para o processo industrial.

OPORTUNIDADE FUTURA
O desenvolvimento do etanol celulósico também pode ser uma oportunidade de investimento no futuro. Apesar de esse segmento ainda não ser considerado no planejamento de negócios da companhia, o desenvolvimento de compostos que podem substituir insumos tradicionalmente produzidos a partir de derivados de petróleo está no radar de empresas com atuação do setor de celulose.
Reconhecida como uma empresa forte em inovação, a Suzano foi a primeira a produzir celulose a partir do eucalipto, hoje amplamente aceita pelo mercado.
Em fato relevante divulgado em meados de maio, quando a Suzano apresentou a proposta de aquisição do controle da Futuragene aos seus acionistas, a empresa informou que a transação possibilitará a obtenção de sinergias nos esforços de pesquisa e desenvolvimento florestal, que está entre os principais fatores de competitividade da companhia.
Ontem, ao anunciar a conclusão das negociações que resultaram na compra da Futuragene, a empresa não concedeu entrevista alegando a necessidade de aprovação da operação pelos órgãos competentes no Reino Unido antes de fazer qualquer pronunciamento.


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