Folha de S.Paulo - Salão Imobiliário terá 200 mil ofertas - 23/09/2010


São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Salão Imobiliário terá 200 mil ofertas

Evento começa hoje em São Paulo com preços a partir de R$ 150 mil; metade dos imóveis está localizada no exterior

Três bancos oferecerão taxas de juros menores para quem iniciar ou fechar negócio durante o evento

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

O Salão Imobiliário de São Paulo começa hoje com mais de 200 mil imóveis à venda, entre novos e usados, comerciais e residenciais.
Os preços começam em R$ 150 mil. Há oferta de unidades em todo o país e até no exterior, mas a maior parte está na Grande São Paulo.
A quinta edição do evento, promovido pelo Secovi (sindicato da habitação) local e a Reed Exhibitions Alcantara Machado, acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em Santana.
O Banco do Brasil, o Bradesco e o HSBC vão participar do evento e oferecerão juros menores para quem iniciar ou efetuar o negócio no salão. A Caixa Econômica Federal, líder em empréstimos para habitação, também terá estande no feirão, mas não vai ofertar taxas diferenciadas.

OPORTUNIDADE
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de real estate da USP, um evento desse tipo é propício para quem está procurando um imóvel poder "fazer um levantamento mais amplo".
No entanto, nem uma boa oferta, na sua opinião, dispensa a ida ao local, se possível em momentos diferentes -dia, noite, final de semana- para "entender a vizinhança", o que engloba escolas, comércio, transporte e segurança. "Você não mora em um apartamento apenas, todo o entorno faz parte."
Na avaliação dele, "os preços para habitação estão adequados", com elevação no valor devido ao aumento no custo da construção.
"Não há espaço para grandes descolamentos [de uma empresa para outra], sob o risco de a concorrência tomar o seu mercado", completa.

INVESTIMENTO
Metade das moradias oferecidas no evento está fora do Brasil, de acordo com Marly Parra, diretora de feiras da Reed Exhibitions, sendo 50 mil na América Latina e a mesma quantidade nos Estados Unidos, principalmente na Flórida.
Luiz Fernando Gambi, diretor de comercialização e marketing do Secovi-SP, destaca que isso mostra o interesse de imobiliárias e incorporadoras estrangeiras no mercado brasileiro.
"O processo de venda vai transcorrer um pouco mais lento, pois sabemos da dificuldade de efetivar o negócio. Mas é uma iniciativa interessante", completa, lembrando que o público-alvo, nesse caso, são investidores e consumidores em busca do segundo imóvel.
Nenhuma das moradias do evento se enquadra no Minha Casa, Minha Vida, cujo teto é de R$ 130 mil. "O salão concentra a procura na cidade de São Paulo, não na periferia. E não há tanta oferta [do programa federal] na capital", explica Marly.
De acordo com pesquisa da Reed Exhibitions, cerca de 40% dos potenciais visitantes devem usar crédito bancário para comprar o imóvel. Outros 13% disseram preferir financiamento direto com a construtora, e 17% devem utilizar recursos próprios.


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