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Salão Imobiliário terá 200 mil ofertas
Evento começa hoje em São Paulo com preços a partir de R$ 150 mil; metade dos imóveis está localizada no exterior
Três bancos oferecerão taxas de juros menores para quem iniciar
ou fechar negócio durante o evento
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
O Salão Imobiliário de São
Paulo começa hoje com mais
de 200 mil imóveis à venda,
entre novos e usados, comerciais e residenciais.
Os preços começam em
R$ 150 mil. Há oferta de unidades em todo o país e até no
exterior, mas a maior parte
está na Grande São Paulo.
A quinta edição do evento,
promovido pelo Secovi (sindicato da habitação) local e a
Reed Exhibitions Alcantara
Machado, acontecerá no Pavilhão de Exposições do
Anhembi, em Santana.
O Banco do Brasil, o Bradesco e o HSBC vão participar do evento e oferecerão juros menores para quem iniciar ou efetuar o negócio no
salão. A Caixa Econômica Federal, líder em empréstimos
para habitação, também terá
estande no feirão, mas não
vai ofertar taxas diferenciadas.
OPORTUNIDADE
Para João da Rocha Lima
Jr., professor titular de real
estate da USP, um evento
desse tipo é propício para
quem está procurando um
imóvel poder "fazer um levantamento mais amplo".
No entanto, nem uma boa
oferta, na sua opinião, dispensa a ida ao local, se possível em momentos diferentes
-dia, noite, final de semana- para "entender a vizinhança", o que engloba escolas, comércio, transporte e segurança. "Você não mora
em um apartamento apenas,
todo o entorno faz parte."
Na avaliação dele, "os preços para habitação estão adequados", com elevação no
valor devido ao aumento no
custo da construção.
"Não há espaço para grandes descolamentos [de uma
empresa para outra], sob o
risco de a concorrência tomar
o seu mercado", completa.
INVESTIMENTO
Metade das moradias oferecidas no evento está fora
do Brasil, de acordo com
Marly Parra, diretora de feiras da Reed Exhibitions, sendo 50 mil na América Latina e
a mesma quantidade nos Estados Unidos, principalmente na Flórida.
Luiz Fernando Gambi, diretor de comercialização e
marketing do Secovi-SP, destaca que isso mostra o interesse de imobiliárias e incorporadoras estrangeiras no
mercado brasileiro.
"O processo de venda vai
transcorrer um pouco mais
lento, pois sabemos da dificuldade de efetivar o negócio. Mas é uma iniciativa interessante", completa, lembrando que o público-alvo,
nesse caso, são investidores
e consumidores em busca do
segundo imóvel.
Nenhuma das moradias
do evento se enquadra no Minha Casa, Minha Vida, cujo
teto é de R$ 130 mil. "O salão
concentra a procura na cidade de São Paulo, não na periferia. E não há tanta oferta
[do programa federal] na capital", explica Marly.
De acordo com pesquisa
da Reed Exhibitions, cerca de
40% dos potenciais visitantes devem usar crédito bancário para comprar o imóvel.
Outros 13% disseram preferir
financiamento direto com a
construtora, e 17% devem
utilizar recursos próprios.
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