São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Ministro não dá explicações a importador

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, não soube explicar ontem aos importadores de veículos os motivos que levaram o governo a excluí-los das discussões que resultaram no aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Pimentel se reuniu em São Paulo com importadores da JAC, da Chery, da KIA, da Audi e da BMW -associados da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos)- horas depois de chegar dos EUA, onde acompanhou a presidente Dilma Rousseff. O vice-presidente da Abeiva e da Audi no Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff, disse que ministro não deu explicações e que afirmou que o governo está disposto a ouvir o setor. "Porém, agora, depois de tomada a medida", disse.
Segundo Kakinoff, Pimentel somente ouviu as considerações feitas pelas importadores, entre elas a inconstitucionalidade da medida diante do prazo de 45 dias, e não de 90 dias, para o início da medida, e o aumento em 30 pontos percentuais, considerado muito alto. Pimentel não deu entrevista e disse, via assessoria, que a medida foi conduzida pelo Ministério da Fazenda.
Hoje, os importadores se reúnem na sede da Abeiva para discutir se vão recorrer à Justiça juntos ou individualmente contra o decreto que elevou o imposto. Para a entidade, o aumento é inconstitucional, prejudica os consumidores e fere os acordos da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Anteontem, a importadora dos veículos da Chery no Brasil conseguiu na Justiça adiar o prazo do aumento do imposto para 90 dias. Por meio de um comunicado, a empresa informou que a medida garante a sobrevivência das 90 concessionárias da marca no país, que hoje empregam 3.000 pessoas.
Ontem, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional disse que contestará a decisão da Justiça Federal do Espírito Santo.


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