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Tânia Bulhões é condenada a prestar serviços comunitários
Por fraude em importação, empresária terá de criar programa social
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
A empresária Tânia Bulhões foi condenada ontem
pela 6ª Vara Federal Criminal
de São Paulo a prestar serviços comunitários por quatro
anos após ter confessado
fraudes na importação de artigos de luxo e ter feito acordo de delação premiada.
Ela foi acusada pelos crimes de falsidade ideológica,
descaminho, formação de
quadrilha e crimes contra o
sistema financeiro nacional
depois que a loja da empresária mineira foi alvo de operação do Ministério Público, da
Receita Federal e da Polícia
Federal no ano passado.
Nas investigações foi identificado um esquema de importação de artigos de luxo
para reduzir o pagamento de
impostos e expandir os negócios. Pela decisão do juiz federal Fausto Martin De Sanctis, a empresária está proibida de viajar ao exterior por
mais de dez dias sem autorização judicial durante o período de quatro anos.
Também deverá criar um
programa de ensino a partir
de 2011 na área de perfumaria e desenvolvimento do olfato para deficientes visuais
da Fundação Dorina Nowill,
em São Paulo.
"Ela se incumbirá de prover instalações, laboratório,
material didático, contratações de docentes e meios que
se fizerem necessários para
viabilizar a realização dos
cursos", diz a decisão.
A Folha apurou que a empresária deve acatar a decisão da Justiça.
Em nota, o grupo Tânia
Bulhões afirmou que recebeu
"com serenidade e responsabilidade a sentença" e que
"de forma coerente com a
postura desde o início das investigações, nossa disposição sempre foi a de esclarecer e resolver a questão o
mais rapidamente possível".
O comunicado diz ainda
que a empresária se compromete a realizar o programa
de ensino. Na decisão, a Justiça determina ainda que, se
Bulhões contratar ao menos
seis assistidos pela Fundação Dorina Nowill em suas
empresas, poderá reduzir o
tempo de prestação de serviços para o prazo de seis anos.
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