São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2010

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Tânia Bulhões é condenada a prestar serviços comunitários

Por fraude em importação, empresária terá de criar programa social

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

A empresária Tânia Bulhões foi condenada ontem pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo a prestar serviços comunitários por quatro anos após ter confessado fraudes na importação de artigos de luxo e ter feito acordo de delação premiada.
Ela foi acusada pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro nacional depois que a loja da empresária mineira foi alvo de operação do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal no ano passado.
Nas investigações foi identificado um esquema de importação de artigos de luxo para reduzir o pagamento de impostos e expandir os negócios. Pela decisão do juiz federal Fausto Martin De Sanctis, a empresária está proibida de viajar ao exterior por mais de dez dias sem autorização judicial durante o período de quatro anos.
Também deverá criar um programa de ensino a partir de 2011 na área de perfumaria e desenvolvimento do olfato para deficientes visuais da Fundação Dorina Nowill, em São Paulo.
"Ela se incumbirá de prover instalações, laboratório, material didático, contratações de docentes e meios que se fizerem necessários para viabilizar a realização dos cursos", diz a decisão.
A Folha apurou que a empresária deve acatar a decisão da Justiça.
Em nota, o grupo Tânia Bulhões afirmou que recebeu "com serenidade e responsabilidade a sentença" e que "de forma coerente com a postura desde o início das investigações, nossa disposição sempre foi a de esclarecer e resolver a questão o mais rapidamente possível".
O comunicado diz ainda que a empresária se compromete a realizar o programa de ensino. Na decisão, a Justiça determina ainda que, se Bulhões contratar ao menos seis assistidos pela Fundação Dorina Nowill em suas empresas, poderá reduzir o tempo de prestação de serviços para o prazo de seis anos.


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