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Facilidade de crédito pode virar dor de cabeça
DE SÃO PAULO
Solução para alguns, dor
de cabeça para outros.
A facilidade para tomar
empréstimos alterou o orçamento da coordenadora financeira Cassia Bastos, 35,
e da supervisora de recuperação de crédito Suelen da
Silva, 21, de formas opostas.
"Já usei o crédito pré-aprovado várias vezes. Em
uma emergência, você não
tem de onde tirar o dinheiro", conta Cassia. "Mas
sempre dei um jeito de economizar e quitar as parcelas
antes, porque isso barateia
o empréstimo."
Para Suelen, porém, o financiamento acabou gerando problemas sérios.
"Peguei um empréstimo de
R$ 1.200 para quitar dívidas
em cartões de crédito. Não
quitei nenhuma e ainda
acabei com mais um débito", diz ela, que perdeu o
emprego logo depois.
Sem pagar as parcelas
por um ano, Suelen acabou
com uma dívida de
R$ 5.000. "Eu não sabia que
isso podia crescer tanto." O
débito acabou sendo renegociado e ficou em
R$ 3.500, já quitados.
Para Suelen, quem se endivida em excesso é "culpado", mas os bancos poderiam dar mais informações
"A conscientização do
consumidor é dever de todos", ressalta Roberto Pfeiffer, do Procon-SP.
Para o educador financeiro Mauro Calil, "o acesso à
informação ainda é limitado e existe pouco interesse
do próprio tomador em se
educar financeiramente".
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