São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Facilidade de crédito pode virar dor de cabeça

DE SÃO PAULO

Solução para alguns, dor de cabeça para outros.
A facilidade para tomar empréstimos alterou o orçamento da coordenadora financeira Cassia Bastos, 35, e da supervisora de recuperação de crédito Suelen da Silva, 21, de formas opostas.
"Já usei o crédito pré-aprovado várias vezes. Em uma emergência, você não tem de onde tirar o dinheiro", conta Cassia. "Mas sempre dei um jeito de economizar e quitar as parcelas antes, porque isso barateia o empréstimo."
Para Suelen, porém, o financiamento acabou gerando problemas sérios. "Peguei um empréstimo de R$ 1.200 para quitar dívidas em cartões de crédito. Não quitei nenhuma e ainda acabei com mais um débito", diz ela, que perdeu o emprego logo depois.
Sem pagar as parcelas por um ano, Suelen acabou com uma dívida de R$ 5.000. "Eu não sabia que isso podia crescer tanto." O débito acabou sendo renegociado e ficou em R$ 3.500, já quitados.
Para Suelen, quem se endivida em excesso é "culpado", mas os bancos poderiam dar mais informações
"A conscientização do consumidor é dever de todos", ressalta Roberto Pfeiffer, do Procon-SP.
Para o educador financeiro Mauro Calil, "o acesso à informação ainda é limitado e existe pouco interesse do próprio tomador em se educar financeiramente".


Texto Anterior: Pagamento: Construtoras parcelam imóvel no cartão
Próximo Texto: Finanças Pessoais - Marcia Dessen: Lição aprendida: é possível cortar gasto e recomeçar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.