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VAIVÉM
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@grupofolha.com.br
Produtores de palmito unem-se contra ilegais
Os produtores de palmito
de pupunha decidiram unir-se para reduzir a ilegalidade
no setor -estima-se que ela
represente 30% do mercado.
Apesar de o Brasil ser o
maior consumidor mundial
de palmito, com participação
de 70% no total, ainda há restrições ao produto, diz Ricardo Araújo Ribeiral, vice-presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Indústrias
de Palmito de Pupunha).
"Precisamos quebrar a
barreira de experiências negativas anteriores", afirma
Ribeiral, que atribui os problemas à elevada informalidade do setor.
Nos anos 90, a extração de
palmito em regiões degradadas foi proibida e abriu espaço para a profissionalização.
O resultado é o crescimento da participação do palmito
cultivado no total, afirma o
vice-presidente da Abrapp,
que ainda não tem números
que mostrem a expansão.
"O setor ainda está se organizando, há poucos dados
oficiais", afirma Ribeiral.
Ainda assim, ele estima
que o mercado nacional movimente R$ 450 milhões por
ano, dominado pelo palmito
da palmeira de açaí, que responde por 70% do total.
O palmito da palmeira de
pupunha tem uma fatia de
25% e o restante é dividido
entre o palmito juçara e o extraído da palmeira real.
Para mostrar ao consumidor como identificar um palmito de boa qualidade e promover o de pupunha, indústrias que representam 60%
de todo o processamento
dessa espécie criaram a
Abrapp, há cerca de um mês.
"Podemos dobrar o mercado legal se quebrarmos as
barreiras ao palmito de melhor qualidade", diz Ribeiral.
Devido à elevada dependência do clima tropical para
se desenvolver, o palmito
praticamente é produzido
em larga escala somente no
Brasil e no Equador.
E, apesar do elevado potencial para exportações, o
setor decidiu focar no mercado interno. "O brasileiro adora palmito; o produto dispensa apresentação", diz.
Sanidade boliviana 1
Preocupa o estado da defesa
sanitária boliviana na divisa
com o Brasil. Lideranças sul-americanas do setor avícola
disseram ao presidente da
Ubabef, Francisco Turra, que
a situação é "alarmante".
Sanidade boliviana 2
Turra foi alertado pelos colegas de que as autoridades do
país vizinho não estão se mobilizando com ocorrências
sanitárias. A Ubabef deve solicitar apoio do governo para
"blindar" o Brasil.
Café quente Os preços
do café encerraram a semana
em alta. Cooperativas disseram à Folha que a dificuldade de encontrar produto de
boa qualidade e o atraso na
colheita em algumas regiões
justificam o aumento. A saca
de 60 quilos atingiu R$ 313.
Falta boi A oferta de gado para abate continua restrita em São Paulo, segundo
o Instituto FNP. Com isso, os
frigoríficos pagaram R$ 83
por arroba do boi gordo ontem. A baixa oferta começa a
ser sentida no atacado.
Ainda em alta Pela terceira semana consecutiva o
preço do álcool permaneceu
em alta nos postos de combustíveis de São Paulo. Segundo pesquisa da Folha, o
hidratado subiu 5,5% em relação à semana passada.
Pegando carona Não
foi só o preço do álcool que
encerrou a semana em alta. A
gasolina subiu 0,20% nas
bombas, enquanto o preço
do diesel avançou 0,19%.
OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Nova York
CAFÉ
(cent.de US$)* 166
AÇÚCAR
(cent.de US$)* 18,26
Londres
BRENT
(dólar por barril)
US$ 77,45
COBRE
(dólar por mil/t) US$6,9
* por libra-peso
TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES
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