São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2010

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BB amplia capacidade de crédito com novas emissões

DE SÃO PAULO

As recentes operações de emissão de dívida e ações feitas pelo Banco do Brasil levaram a um aumento do seu capital próprio, ampliando a capacidade do banco público de emprestar recursos.
Segundo Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente do BB, após a forte expansão da carteira de crédito a partir da crise de 2008 e algumas aquisições, o banco fez emissão de dívida de US$ 1,5 bilhão no exterior em outubro de 2009 (que foi classificada pelo BC como capital próprio).
Essa operação contribuiu para o forte aumento do capital próprio do BB captado pelo ranking de maiores bancos da revista "The Banker".
Em julho de 2010, o banco público voltou ao mercado, mas usando outro instrumento: a oferta de ações. Do total de R$ 9,76 bilhões de ações emitidas, R$ 7 bilhões contarão como capital próprio novo do banco.
Isso deverá voltar a ter impacto positivo no aumento do capital próprio do BB em relação ao de outros bancos.
A forte expansão da carteira de crédito do banco, principalmente durante a crise global, havia levado à forte deterioração do índice de Basileia do BB, que chegou a 12,86% em junho passado (o menor percentual entre os grandes bancos nacionais).
Segundo Monteiro, o banco estima que depois da capitalização o indicador tenha aumentado para 14,4%:
"Idealmente, um banco não deve ter muita nem pouca folga em termos de índice de Basileia", disse.
A forte alta do capital próprio dos bancos nacionais em 2009 ocorreu em meio à recuperação de grandes instituições internacionais.
A "Banker" ressaltou que os resultados de grandes bancos, como Wells Fargo, Credit Suisse e Deutsche, melhoraram de maneira significativa em 2009, depois das perdas sofridas no auge da crise global, em 2008.
A revista também acrescentou que mesmo instituições que voltaram a ter prejuízo em 2009, como Citigroup e UBS, conseguiram reduzir suas perdas.
Já o britânico Lloyds se destacou no ranking da revista por ter registrado salto de 286% de seu capital próprio em 2009, o que refletiu principalmente injeção de dinheiro público na instituição depois da crise global. (EF)


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