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BB amplia capacidade de crédito com novas emissões
DE SÃO PAULO
As recentes operações de
emissão de dívida e ações feitas pelo Banco do Brasil levaram a um aumento do seu capital próprio, ampliando a
capacidade do banco público de emprestar recursos.
Segundo Ivan de Souza
Monteiro, vice-presidente do
BB, após a forte expansão da
carteira de crédito a partir da
crise de 2008 e algumas aquisições, o banco fez emissão
de dívida de US$ 1,5 bilhão
no exterior em outubro de
2009 (que foi classificada pelo BC como capital próprio).
Essa operação contribuiu
para o forte aumento do capital próprio do BB captado pelo ranking de maiores bancos
da revista "The Banker".
Em julho de 2010, o banco
público voltou ao mercado,
mas usando outro instrumento: a oferta de ações. Do
total de R$ 9,76 bilhões de
ações emitidas, R$ 7 bilhões
contarão como capital próprio novo do banco.
Isso deverá voltar a ter impacto positivo no aumento
do capital próprio do BB em
relação ao de outros bancos.
A forte expansão da carteira de crédito do banco, principalmente durante a crise
global, havia levado à forte
deterioração do índice de Basileia do BB, que chegou a
12,86% em junho passado (o
menor percentual entre os
grandes bancos nacionais).
Segundo Monteiro, o banco estima que depois da capitalização o indicador tenha
aumentado para 14,4%:
"Idealmente, um banco
não deve ter muita nem pouca folga em termos de índice
de Basileia", disse.
A forte alta do capital próprio dos bancos nacionais
em 2009 ocorreu em meio à
recuperação de grandes instituições internacionais.
A "Banker" ressaltou que
os resultados de grandes
bancos, como Wells Fargo,
Credit Suisse e Deutsche, melhoraram de maneira significativa em 2009, depois das
perdas sofridas no auge da
crise global, em 2008.
A revista também acrescentou que mesmo instituições que voltaram a ter prejuízo em 2009, como Citigroup e UBS, conseguiram
reduzir suas perdas.
Já o britânico Lloyds se
destacou no ranking da revista por ter registrado salto
de 286% de seu capital próprio em 2009, o que refletiu
principalmente injeção de dinheiro público na instituição
depois da crise global.
(EF)
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