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País procura repatriar "cérebros" perdidos
Multinacionais abrem programas para levar famílias inteiras de volta para a Índia
EM MUMBAI
Tradicional exportadora
de cérebros, a Índia agora está batalhando para trazer de
volta parte da mão de obra
superqualificada perdida.
Empresas como Motorola,
HP, Infotech, Network Appliance e Wipro têm programas internos para repatriar
funcionários dos EUA e da
Europa. Os melhores postos
são em tecnologia e finanças.
No anúncio da HP, os candidatos devem ter doutorado
em Ciências da Computação
ou em Engenharia Elétrica,
além de habilidade para fazer pesquisa e "evangelizar"
equipes de prestígio global.
No pacote de benefícios
estão carro com motorista e
babá para os filhos, mordomias fora da realidade nos
EUA, além de custos iniciais
de moradia -o país vive um
"boom" imobiliário.
Dez anos após emigrar para os EUA, o engenheiro Shivalik Prasad, 34, deixou o
posto em uma empresa de
tecnologia da Califórnia para
trabalhar em Bangalore, o
Vale do Silício indiano.
Foi com a mulher e dois filhos para trabalhar em uma
fornecedora de equipamentos GPS. Em um ano e meio
foi promovido duas vezes até
chegar a diretor comercial
em Mumbai, centro financeiro do país. "Me perguntavam
por que voltar se eu e minha
mulher tínhamos um trabalho bom nos EUA. Não era dinheiro nem saudades. Queríamos viver essa mudança."
Nascido e criado em Londres, Atma Shivalanka, 28,
deixou há dois anos uma carreira promissora no banco
Barclays, como operador de
contratos de petróleo, para
abrir a sua própria empresa
no ramo na Índia.
Agora, faz MBA na IBS (Índia Business School) para se
"adaptar" aos negócios no
país. "Muitos jovens da comunidade indiana britânica
estão vindo para cá. Vem os
filhos e ficam os pais."
Após iniciar a carreira na
Bolsa de Mumbai, Chandrasekhar Goda, hoje com 34, foi
trabalhar nos EUA em 2001,
época da bolha da internet.
em uma empresa pontocom.
A bolha estourou, mas ele
sobreviveu em Wall Street
até a última crise, em 2009.
Em fevereiro, voltou para a
Índia para buscar oportunidades no setor financeiro. "O
clima está bem melhor aqui."
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