EM CHENNAI

Para entrar no Parque Siruseri, cidade tecnológica da TCS (Tata Serviços de Consultoria) na periferia de Chennai (antiga Madras, sul do país), os visitantes passam por revista rigorosa.
A segurança não está atrás de armas ou de bombas, mas sim de laptops, pen drives, scanners e até celulares com máquinas fotográficas.
A preocupação é com a confidencialidade de dados em uma indústria que gira mais de US$ 6 bilhões anuais e que investe pesado para se manter na linha de frente do desenvolvimento de softwares de gestão corporativa e de serviço financeiro mundiais.
A cidade tecnológica da Tata é o maior centro de pesquisa de softwares da Ásia, e rivaliza com o campus da Microsoft em Seattle (EUA).
No lugar de prédios isolados pelo verde como na Microsoft, a Tata preferiu fazer um grande complexo unido por 12 edifícios inteligentes de aço e vidro, projetados pelos arquitetos uruguaios Carlos Ott e Carlos Ponce de Leon para facilitar a interação de diferentes equipes.
A cidade tem alas inteiras para pesquisa na área financeira, que responde por 60% das receitas da empresa, além de setores de gestão e de automação industrial.
O local abrigará 23 mil pessoas, que formarão o cérebro da TCS fora de Mumbai, centro econômico do país.
A indústria de tecnologia se desloca para o sul da Índia por conta de mão de obra qualificada, salários ainda baixos e incentivos locais. "Viemos para o sul porque tem excelentes profissionais e as melhores universidades do país. Nosso negócio é movido por pessoas", disse BVM Sarma, responsável pela implantação do polo tecnológico de Siruseri.
Inspirada nos prédios de Dubai, a cidade foi projetada para economizar energia elétrica e água. O complexo fica em uma região árida, com temperatura média de 35 C e praticamente dispensa o uso de ar condicionado.


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