São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Dono de Kindle vai poder emprestar livro por 14 dias

Medida vale tanto para aparelho como para aplicativos gratuitos, porém Amazon impõe série de restrições

Sucesso do Kindle ajuda as ações da Amazon a subirem 26% neste ano, atingindo o seu maior preço na série histórica

DE SÃO PAULO

A Amazon disse que os donos de Kindle vão poder emprestar seus livros para outros proprietários do leitor de livros eletrônicos ou quem tenha seus aplicativos grátis (disponíveis para PCs, iPads BlackBerries, entre outros).
A novidade, porém, vem com uma série de restrições: um livro pode ser emprestado uma única vez e esse empréstimo dura somente 14 dias. Além disso, enquanto a publicação estiver com outra pessoa, o dono original não poderá acessá-la.
Para terminar, não são todos os livros que poderão ser emprestados. "Isso cabe exclusivamente à editora ou aos proprietários dos direitos autorais, que vão determinar quais títulos poderão ser emprestados", disse a Amazon em nota em seu blog oficial.
A decisão de restringir o empréstimo visa proteger os direitos autorais. Isso porque, se um livro pudesse ser emprestado sem limites (de prazo ou usuário), a venda das versões eletrônicas -uma das grandes apostas das editoras- provavelmente despencaria.
A Amazon não é, no entanto, a primeira empresa a liberar o empréstimo dos livros eletrônicos. O Nook, da americana Barnes & Noble, também permite a transferência entre donos do mesmo aparelho ou que tenham instalado seu aplicativo gratuito.
Porém, o impacto da decisão da Amazon é maior porque o Kindle é mais bem-sucedido. A empresa não divulga números, mas analistas acreditam que 5 milhões de unidades serão vendidas neste ano -e mais de 8 milhões no ano que vem.
No seu mais recente balanço trimestral, divulgado na semana passada, a Amazon disse que a nova geração do Kindle, lançada no fim de julho, é a que vendeu mais rápido entre todas as versões do aparelho (a primeira é de 2007) e que é o produto mais vendido do seu site.
O novo aparelho, que é vendido no mercado norte-americano por US$ 139 (R$ 237), chega ao Brasil por mais que o dobro do preço: US$ 312 (R$ 533), um dos mais caros do mundo.
Graças em grande parte ao Kindle, as ações da Amazon se valorizaram em 26% neste ano e estão no seu maior patamar histórico. Para ter uma ideia da alta, a Nasdaq (Bolsa de Valores onde os papéis são negociados) subiu 9% de janeiro para cá.

CAPA DURA
Em julho, a Amazon afirmou que a venda de livros para o Kindle já supera a comercialização de obras no formato tradicional.
De acordo com a empresa, foram comercializados no segundo trimestre 143 livros eletrônicos para cada 100 exemplares de capa dura no mercado norte-americano.


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