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Dono de Kindle vai poder emprestar livro por 14 dias
Medida vale tanto para aparelho como para aplicativos gratuitos, porém Amazon impõe série de restrições
Sucesso do Kindle ajuda as ações da Amazon a subirem 26% neste ano, atingindo o seu maior preço na série histórica
DE SÃO PAULO
A Amazon disse que os donos de Kindle vão poder emprestar seus livros para outros proprietários do leitor de
livros eletrônicos ou quem tenha seus aplicativos grátis
(disponíveis para PCs, iPads
BlackBerries, entre outros).
A novidade, porém, vem
com uma série de restrições:
um livro pode ser emprestado uma única vez e esse empréstimo dura somente 14
dias. Além disso, enquanto a
publicação estiver com outra
pessoa, o dono original não
poderá acessá-la.
Para terminar, não são todos os livros que poderão ser
emprestados. "Isso cabe exclusivamente à editora ou
aos proprietários dos direitos
autorais, que vão determinar
quais títulos poderão ser emprestados", disse a Amazon
em nota em seu blog oficial.
A decisão de restringir o
empréstimo visa proteger os
direitos autorais. Isso porque, se um livro pudesse ser
emprestado sem limites (de
prazo ou usuário), a venda
das versões eletrônicas
-uma das grandes apostas
das editoras- provavelmente despencaria.
A Amazon não é, no entanto, a primeira empresa a liberar o empréstimo dos livros
eletrônicos. O Nook, da americana Barnes & Noble, também permite a transferência
entre donos do mesmo aparelho ou que tenham instalado seu aplicativo gratuito.
Porém, o impacto da decisão da Amazon é maior porque o Kindle é mais bem-sucedido. A empresa não divulga números, mas analistas
acreditam que 5 milhões de
unidades serão vendidas
neste ano -e mais de 8 milhões no ano que vem.
No seu mais recente balanço trimestral, divulgado na
semana passada, a Amazon
disse que a nova geração do
Kindle, lançada no fim de julho, é a que vendeu mais rápido entre todas as versões
do aparelho (a primeira é de
2007) e que é o produto mais
vendido do seu site.
O novo aparelho, que é
vendido no mercado norte-americano por US$ 139
(R$ 237), chega ao Brasil por
mais que o dobro do preço:
US$ 312 (R$ 533), um dos
mais caros do mundo.
Graças em grande parte ao
Kindle, as ações da Amazon
se valorizaram em 26% neste
ano e estão no seu maior patamar histórico. Para ter uma
ideia da alta, a Nasdaq (Bolsa
de Valores onde os papéis
são negociados) subiu 9% de
janeiro para cá.
CAPA DURA
Em julho, a Amazon afirmou que a venda de livros
para o Kindle já supera a comercialização de obras no
formato tradicional.
De acordo com a empresa,
foram comercializados no segundo trimestre 143 livros
eletrônicos para cada 100
exemplares de capa dura no
mercado norte-americano.
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