São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros JBS reage ao mercado e promete lucro a acionista Papéis caem 27% desde estreia na Bolsa; presidente diz que mostrará resultado Pagamento de multa ao BNDES leva empresa a prejuízo de R$ 264 mi em 2010; receita tem avanço de 57% TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO Há cerca de um mês à frente da JBS, Wesley Batista deu ontem uma resposta ao mercado financeiro, que está punindo as ações da companhia: o foco em 2011 será gerar valor aos acionistas. "Não estamos focados em aquisições, e sim em resultado. Vamos gerar caixa e retorno aos acionistas", disse o presidente, que desconversou sobre os rumores de aquisição da empresa americana de alimentos Sara Lee. Em 15 anos, a JBS comprou 30 empresas. Para um analista de mercado que não quer ser identificado, falta agora mostrar resultado. As ações da JBS fecharam a R$ 5,87 ontem, queda de 3,45% no dia e de 18% no ano. O preço é 27% menor que o pago pelos acionistas no IPO (oferta pública inicial de ações), em 2007, de R$ 8. A relação entre preço da ação e valor patrimonial está em 0,8, o que significa que a JBS é avaliada abaixo de seu valor de liquidação. BALANÇO A empresa teve prejuízo de R$ 264 milhões em 2010, ante lucro líquido de R$ 220 milhões em 2009. O resultado foi impactado pelo pagamento de uma multa de R$ 522 milhões ao BNDES por não ter feito o IPO de sua subsidiária nos EUA, a JBS USA. No final de 2009, a JBS emitiu US$ 2 bilhões em debêntures conversíveis em ações da JBS USA -todas subscritas pelo BNDES. Como não houve emissão de ações, a JBS teve de pagar a multa, prevista em contrato. A receita líquida foi de R$ 55 bilhões em 2010, alta de 57%. Para 2011, Batista estimou US$ 40 bilhões (R$ 66 bilhões) de faturamento, dos quais 70% virão dos EUA. Texto Anterior: Vaivém - Mauro Zafalon: Italianos apostam no agronegócio brasileiro Próximo Texto: Crédito: Cresce desembolso para pequenas e médias no BNDES Índice | Comunicar Erros

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