São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Italianos apostam no agronegócio brasileiro Os italianos acreditam no avanço do agronegócio brasileiro. O próximo Agrishow, que ocorrerá no início de maio, terá a presença de pelo menos 31 empresas da Itália voltadas para o setor. Esse número mostra evolução de 107% em relação ao total de empresas presentes no evento do ano passado. Esse é o número apenas das empresas que já se registraram no escritório do Instituto Italiano para o Comércio Exterior -órgão do governo italiano para promover as empresas do país. Outras poderão ter participação independente. A maioria dessas empresas, muitas delas pela primeira vez no Brasil, atua no setor de acessórios e equipamentos. Trazem na bagagem tecnologia avançada, diz Emílio Pelizzon, do escritório italiano em São Paulo. As operações dessas empresas visam fornecer computadores de bordo, GPS e outros componentes, inclusive na área de irrigação, para máquinas que são fabricadas no Brasil. O interesse dessas empresas tem uma justificativa: a boa evolução comercial entre os dois países. Nos dois primeiros meses deste ano, a balança comercial Brasil-Itália atingiu US$ 1,54 bilhão, 33% mais do que em igual período do ano anterior. Grande parte dessa evolução se deve ao movimento do agronegócio, cujas exportações brasileiras para a Itália cresceram 49% no período. O destaque fica para o café, que somou vendas de US$ 129 milhões no primeiro bimestre deste ano, 77% mais do que em igual período anterior, conforme dados divulgados pela Secex. As receitas, vindas basicamente das vendas de café em grão, evoluíram tanto pelo aumento do volume exportado -19% no período- como pelo aumento da commodity nos mercados interno e externo. A lista dos principais produtos brasileiros exportados para a Itália inclui óleo de soja, carnes, arroz e açúcar. Da Itália, além de implementos agrícolas, pesam na balança comercial as importações de azeite, de massas, de vinhos e de tomates (frescos e em molho). Efeito China O mercado de soja surpreende. Os preços estão em patamares aquecidos e devem continuar devido à recomposição lenta dos estoques e à demanda chinesa. A avaliação é de Carlo Lovatelli, da Abag. Morte súbita Seca, praga e excesso de água provocaram o que os pecuaristas estão chamando de "morte súbita" de 2,2 milhões de hectares de pastagens em Mato Grosso. Essa área representa 9% de toda a área de pasto do Estado. O que fazer Os dados fazem parte de pesquisa do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) e da Acrimat, que apuraram que, por ora, apenas 61% dos pecuaristas vão replantar a área. Mais delicada Luciano Vacari, da Acrimat, diz que essa "morte" dos pastos torna a situação de oferta de gado ainda mais delicada. "A restrição de oferta de bois gordos vai continuar até 2014", segundo ele. Acima do esperado A produtividade do arroz gaúcho apresenta níveis elevados, apontando para rendimento médio acima da previsão de 7.089 quilos por hectare. Se a safra é animadora, os preços não: R$ 21,09 por saca de 50 quilos, segundo a Emater/RS. Produtividade A SLC, uma das maiores produtoras de grãos do país, terá aumento de 2% na produtividade do algodão de primeira safra em 2010/11, de 11,5% na safra de soja e de 3,1% na de milho (primeira safra). Em alta As receitas líquidas da SLC somaram R$ 889,7 milhões em 2010, com alta de 51% sobre as de 2009. ALGODÃO +3,44% Ontem, em Nova York MILHO +3,16% Ontem, em Chicago Com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise/Combustíveis: Os desafios para o crescimento do etanol Próximo Texto: JBS reage ao mercado e promete lucro a acionista Índice | Comunicar Erros |
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