São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011 |
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Meta é ter cadeia de semente não modificada DO ENVIADO ESPECIAL A CAPANEMA Um programa entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Abrange (Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados) tenta instituir estrutura alternativa para barrar o avanço das companhias multinacionais no domínio do agronegócio nacional. O programa Soja Livre tenta criar canais de acesso a sementes não OGM por parte dos produtores de soja e milho. A estrutura, com presença em Mato Grosso, é uma reação à redução da oferta de material genético livre de transgênicos. Hoje, 35% da soja e 65% do milho brasileiros são convencionais, não transgênicos. Após a liberação de eventos geneticamente modificados, as grandes companhias de biotecnologia do mundo estão concentrando esforços para o desenvolvimento de sementes transgênicas, deixando de lado o chamado melhoramento clássico. "Essa é uma guerra comercial. As múltis, com os transgênicos, ganham em todo o pacote tecnológico que põem na propriedade do agricultor. Da semente aos defensivos, chegando até os royalties pelo uso da tecnologia. É isso que queremos romper", disse Ivan Domingos Paghi, diretor técnico da Abrange. Segundo César Borges de Souza, presidente da Abrange, todo o custo para evitar hoje a contaminação de sementes, do plantio, do transporte ou da armazenagem é de quem produz não OGM. "Isso virou um buraco negro. O governo aprovou os transgênicos e pronto. O governo não toma conta da organização da cadeia. Assim, quem trabalha com não OGM é que ficou com o ônus da segregação", disse. Hoje, o Brasil ainda é o maior produtor e exportador de soja não transgênica. A exportação desse produto no ano passado atingiu 9 milhões de toneladas. (AB) Texto Anterior: Outro lado: Para a CTNBio, não dá para ter pureza total Próximo Texto: Análise/Energia: Setor sucroenergético requer novo ciclo de investimentos Índice | Comunicar Erros |
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