São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Marcas nacionais ampliam venda on-line

Lojas lançam e-commerce, liquidam ponta de estoque pela internet e tentam melhorar ferramentas dos sites

Faltam informações como composição do tecido e tabela com tamanhos; interior do país é principal alvo

VERENA FORNETTI
DE SÃO PAULO

Estilistas brasileiros de luxo -como Amir Slama, Alexandre Herchcovitch e Emanuelle Junqueira- e marcas nacionais -como Hering, Rosa Chá, UMA, Cantão, Folic, Ferracini e Piccadily- apostam na venda on-line.
Segundo fabricantes, é uma forma de alcançar o cliente fora dos grandes centros e de atender os que preferem comprar em casa.
Alexandre Umberti, da consultoria E-bit, afirma que as vendas on-line de moda e acessórios têm se acelerado. Há dois anos, essa era a 14ª categoria mais vendida pela internet no país. Em 2010, ficou entre as cinco primeiras.
Umberti diz que o crescimento mostra que os consumidores brasileiros aceitam comprar esses produtos à distância, mas destaca que ainda há barreiras a serem vencidas -como facilitar a visualização e detalhar informações sobre os itens.
O parcelamento também pode ficar mais atraente. A loja física da Emannuelle Junqueira parcela em quatro vezes no cheque. Na loja virtual parceira, anunciada no site da marca, o prazo máximo é de três meses no cartão.

COMPRAS COLETIVAS
Segundo a E-bit, os sites de compras coletivas impulsionaram o consumo de roupas pela internet. O estilista Amir Slama começou a vender nesses sites em 2010. "O sucesso foi uma surpresa. De 2.000 itens, foram vendidos 1.500 em três dias."
Segundo ele, o preço é o principal chamariz. "Acho que [o comércio de roupas pela internet] funciona muito bem com pontas de estoque. Para mim, eram peças que estavam encostadas." Slama já planeja lançar o próprio site de comércio eletrônico.
Ana Claudia Freitas, da Cantão, também relata crescimento nas vendas. Ela diz que os pedidos pela internet já se comparam ao volume vendido nas lojas físicas.

MELHORIAS
As marcas nacionais planejam melhorar as ferramentas e informações nos sites. Por enquanto, em algumas das páginas, faltam informações básicas (como a composição do tecido) e tabelas que ajudem a escolher tamanho.
A marca carioca Folic afirma que já começou a cadastrar as peças da próxima coleção com mais detalhes para a venda no site. A Hering planeja reformular toda a página até o meio do ano.
"O site que temos ficou primário. Diante desse crescimento exponencial, em breve teremos um site com uma nova relação com o consumidor", afirma Ronaldo Loos, diretor comercial da Hering.
O site Farfetch, que vende peças de Emanuelle Junqueira, Alexandre Herchcovitch e outras marcas nacionais e estrangeiras, começará no mês que vem a exibir as peças em "modelos vivos".


Texto Anterior: Hyundai quer superar Ford com fábrica no país
Próximo Texto: Perguntas e respostas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.