São Paulo, sábado, 26 de março de 2011

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Bovespa fecha a semana com valorização de 1,3%

Apesar de cenário externo ainda turbulento, cai nervosismo dos mercados

Fuga volumosa de capital externo ainda afeta recuperação da Bolsa; dólar cai de novo e se mantém a R$ 1,66

EPAMINONDAS NETO
SÃO PAULO

Os mercados mostraram nesta semana que se dissipou boa parte do pânico visto na primeira quinzena deste mês com a violência na Líbia e o drama nuclear no Japão.
Nem mesmo o retorno da crise europeia aos holofotes, destacando-se a delicada situação de Portugal, impediu que os investidores voltassem às compras, em busca de ações a preços oportunos.
Mesmo a Bovespa, que teve uma trajetória errática e descolada dos demais mercados, ainda encerrou o período com ganho acumulado de 1,3%, subindo 0,3% somente ontem.
Ajudou na alta da Bolsa brasileira a valorização dos papéis da Petrobras, que avançaram em torno de 1% no dia, bem como as ações do setor de consumo doméstico.
E o que atrapalhou foi a "fuga" dos estrangeiros, que só neste mês já retiraram R$ 1,8 bilhão do mercado brasileiro de ações.
Lá fora, o apetite por risco foi maior: a Bolsa de Nova York, com alta de 0,41% ontem, teve valorização de 3% na semana.
O dólar comercial caiu por cinco dias seguidos, para subir só 0,1% na sexta, no "piso" informal de R$ 1,66.

AGENDA
Na semana, os destaques são os dados sobre renda e gastos dos americanos, divulgados na segunda, e o relatório sobre a criação de empregos, que será divulgado na sexta-feira.
No mercado doméstico, o IGP-M, na quarta, e os números da produção industrial, na sexta, são os eventos mais importantes.
"Não temos grande otimismo com relação ao Ibovespa", admitem os analistas da Coinvalores.


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