São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Empresas deixam consórcio de usina

Empreiteiras que arremataram Belo Monte saem da sociedade, mas garantem contratos para continuar na obra

Galvão Engenharia, J. Malucelli, Serveng, Cetenco e Contern não vão desembolsar nada para erguer o projeto

LEILA COIMBRA
DO RIO

As empreiteiras que arremataram no ano passado a usina de Belo Monte em leilão estão deixando a sociedade, mas conseguiram garantir contratos para a construção da hidrelétrica.
Assim, Galvão Engenharia, Serveng, Cetenco, Contern e J. Malucelli não precisarão desembolsar nada para erguer o projeto, orçado entre R$ 19 bilhões e R$ 25 bilhões, mas apenas receberão pelos serviços prestados.
As construtoras comunicaram aos outros sócios a intenção de se desfazer de suas ações em Belo Monte.
Devem transferir suas participações na Norte Energia, que é dona da concessão da usina, para o Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa) e para a Neoenergia, controlada pela Previ (fundo de pensão do BB).
O governo montou às pressas esse grupo de investidores para conseguir disputar a licitação, já que na véspera dela apenas um grupo havia demonstrado interesse: o consórcio liderado por Andrade Gutierrez e Furnas.
A Camargo Corrêa e a Odebrecht haviam se unido para formar outro consórcio, mas desistiram dias antes do leilão por considerar baixo o retorno sobre o investimento.
O governo montou então o consórcio Norte Energia, liderado pela Chesf (subsidiária da Eletrobras que atua no Nordeste), que uniu um grupo de pequenas empreiteiras mais o frigorífico Bertin, que já abandonou o grupo por dificuldades financeiras.
Agora, as empreiteiras deixam a sociedade que é controlada pela Eletrobras e suas subsidiárias, com 50% da obra, e por fundos de pensão ligados a empresas estatais.
Hoje, participam da construção tanto as empreiteiras derrotadas no leilão como as desistentes. Do consórcio de construtores contratado pela Norte Energia, a líder é a Andrade Gutierrez, derrotada no leilão, que possui 18% do total da obra.
A Camargo Corrêa e a Odebrecht, que desistiram da disputa, abocanharam 16% da obra no consórcio de construtores. Serveng, J. Malucelli, Galvão Engenharia e Contern possuem cerca de 7% do valor total a ser pago às construtoras.


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