São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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Obama agora quer estender reforma ao G20

ANDREA MURTA
ENVIADA ESPECIAL A TORONTO

Em encontro com líderes do G8 e às vésperas das reuniões do G20 no Canadá, o presidente dos EUA, Barack Obama, capitalizou sua vitória na reforma regulatória para pressionar por ação similar em outros países.
"Espero que possamos avançar na coordenação de esforços para promover crescimento econômico, reforma financeira e fortalecimento da economia global", disse, pouco antes de sair de Washington para o Canadá.
A reorganização da regulação financeira é um dos principais focos tanto do G8 quanto do G20, e o governo americano vem há tempos tentando mostrar que a unidade entre os países é menos frágil do que se sabe.
Durante a semana, em reunião com a imprensa, altos funcionários do Tesouro dos EUA reiteraram a intenção de discutir como "internalizar o risco pelas instituições financeiras, de modo a tirá-lo das costas do contribuinte".
Segundo eles, o objetivo é montar um quadro geral de princípios. Deve ficar de fora a exigência para uma taxa global sobre bancos, defendida por europeus, mas rechaçada pelos emergentes.
Para os funcionários do Tesouro, os EUA reconhecem que nem todos os países precisam dessa taxa.
Em outro tema, a intenção do governo dos Estados Unidos ao discutir a recuperação a médio prazo é fortalecer a demanda doméstica dos países afetados pela crise.
Durante o encontro do G8 em um resort em Muskoka, membros do governo dos EUA tentaram mostrar otimismo. "Há consenso sobre como manter um crescimento sustentável enquanto se reafirmam compromissos comuns quanto à consolidação fiscal", disse um funcionário que pediu anonimato.


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