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VAIVÉM
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Brasil segue "halal" e vende mais a muçulmanos
O mercado externo se torna cada vez mais sofisticado
e exigente para os produtos
do agronegócio, obrigando
os principais países exportadores a se adaptarem a essas
exigências.
De olho em um mercado
com renda crescente e demanda cada vez maior por
alimentos -o da população
islâmica-, as empresas brasileiras do setor agropecuário adaptam sua produção às
exigências do "halal".
O termo significa produto
lícito para consumo e que,
durante o processo de produção, teve respeitados quesitos sanitários e religiosos.
As primeiras adaptações
brasileiras às exigências desse processo ocorreram na
produção de carnes -bovina
e de frango. Hoje, o país é um
dos principais fornecedores
desses produtos.
Aumenta, no entanto, a
lista de itens inseridos nesse
processo: açúcar, suco de
uva, água. Nas últimas semanas, novos produtos foram
inseridos nessa lista: derivados de óleos e ovos.
Jorge Gaidzinski Carneiro,
da Level Trade, empresa que
reuniu um grupo de produtores de ovos do Paraná, destaca as peculiaridades e as exigências desse mercado.
Os ovos, por exemplo, são
vendidos individualmente
no Oriente Médio, e cada unidade tem de ter um carimbo e
a data de validade.
César Borges de Souza, da
Caramuru, empresa que teve
nove produtos processados
certificados no processo "halal", diz que a certificação
mostra a qualidade da produção e a possibilidade da
abertura de novos caminhos
para os produtos de maior
valor agregado.
O potencial do mercado de
alimentos nesses países é de
US$ 580 bilhões, sendo que
entre US$ 120 bilhões e US$
130 bilhões estão concentrados nos 22 países árabes.
Michel Alaby, secretário
da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, diz que o potencial de crescimento para
as empresas brasileiras é
grande. A população muçulmana é de 2,2 bilhões de pessoas, sendo que 340 milhões
estão nos países árabes.
Mais retirada O Usda
comunica que está sendo retirado do mercado mais um
lote de carne brasileira com
teor de ivermectina superior
ao permitido. A carne pertence à unidade de Lins do JBS,
que já havia tido parte do
produto recolhido em maio
pelo mesmo motivo.
Localizado Sobre a presença de ivermectina na carne, a Abiec soltou comunicado ontem, distribuído inclusive no exterior, esclarecendo que o problema é localizado e ocorre apenas em uma
unidade industrial brasileira.
Carne boa "Essa inconformidade encontrada em lotes do produto destinado ao
mercado americano não significa que toda a carne exportada pelos frigoríficos
brasileiros para os EUA está
imprópria para o consumo",
diz o comunicado.
Em alta O preço do álcool hidratado subiu para R$
0,7426 nesta semana nas usinas paulistas, uma alta de
0,6%. O dado é do Cepea e
não contém impostos.
Descoberta Jornais estrangeiros começam a descobrir a qualidade dos espumantes brasileiros. Dirceu
Scottá, da Dal Pizzol, diz que
essa descoberta fica clara nos
concursos, onde as empresas
brasileiras têm conseguido
prêmios até mesmo em regiões tradicionais de produção. A empresa obteve medalha de prata na França.
Foco Clima, solo, uvas
melhoradas e tecnologia garantem a qualidade, afirma
Scottá. Grandes ou médias,
todas as vinícolas brasileiras
têm obtido prêmios no exterior. Na semana passada,
avaliação no "Times" indica
a Millésime, da Miolo, como
uma das melhores da América do Sul.
Com KARLA DOMINGUES
ALGODÃO
+1,75%
Ontem, no mercado interno
AÇÚCAR
+2,79%
Ontem, em Nova York
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