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Yuan sobe 0,5% na 1ª semana de flexibilização
Analista diz que mudança no câmbio elevará consumo interno na China
Expectativa é que empresas melhorem produtos para mercado externo a fim de
compensar valorização
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Na primeira semana após
a China anunciar a flexibilização do yuan, a moeda chinesa atingiu a maior cotação
em cinco anos, mas se valorizou em apenas 0,5%.
O índice segue o roteiro
oficial de uma "mudança
gradual", mas analistas divergem sobre quais as motivações e os rumos da nova
política cambial.
"Não esperávamos uma
valorização de 20% da noite
para o dia, por exemplo, porque seria extremamente prejudicial aos mercados cambiais mundiais e à economia
chinesa", disse anteontem o
presidente Barack Obama,
cujo governo acusa a China
de manter o yuan artificialmente desvalorizado para favorecer suas exportações.
O anúncio sobre o câmbio,
às vésperas da cúpula do
G20, que começa hoje, no Canadá, deve tirar um pouco da
pressão sobre Pequim.
Analistas como Jiang
Dongy da China Galaxy Securities Company, têm afirmado que o mais importante
sobre a reforma cambial não
é o "timing" com relação ao
G20, mas o início de reformas
para alimentar o consumo interno como motor do PIB.
Para ele, deixar a China
menos vulnerável ao mercado externo foi a grande lição
deixada pela crise de 2008.
"A valorização do yuan
ajudará a derrubar o preço de
importações, o que é vantajoso para o mercado interno."
Para Zhao Xi Jun, do Instituto Financeiro da Universidade Renmin, o impacto na
"fábrica do mundo" não será
para voltá-la ao mercado interno, e sim para deixá-la
mais competitiva.
"Algumas empresas terão
de melhorar seus produtos
para o mercado externo para
compensar o câmbio."
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