São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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Yuan sobe 0,5% na 1ª semana de flexibilização

Analista diz que mudança no câmbio elevará consumo interno na China

Expectativa é que empresas melhorem produtos para mercado externo a fim de compensar valorização

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Na primeira semana após a China anunciar a flexibilização do yuan, a moeda chinesa atingiu a maior cotação em cinco anos, mas se valorizou em apenas 0,5%.
O índice segue o roteiro oficial de uma "mudança gradual", mas analistas divergem sobre quais as motivações e os rumos da nova política cambial.
"Não esperávamos uma valorização de 20% da noite para o dia, por exemplo, porque seria extremamente prejudicial aos mercados cambiais mundiais e à economia chinesa", disse anteontem o presidente Barack Obama, cujo governo acusa a China de manter o yuan artificialmente desvalorizado para favorecer suas exportações.
O anúncio sobre o câmbio, às vésperas da cúpula do G20, que começa hoje, no Canadá, deve tirar um pouco da pressão sobre Pequim.
Analistas como Jiang Dongy da China Galaxy Securities Company, têm afirmado que o mais importante sobre a reforma cambial não é o "timing" com relação ao G20, mas o início de reformas para alimentar o consumo interno como motor do PIB.
Para ele, deixar a China menos vulnerável ao mercado externo foi a grande lição deixada pela crise de 2008.
"A valorização do yuan ajudará a derrubar o preço de importações, o que é vantajoso para o mercado interno."
Para Zhao Xi Jun, do Instituto Financeiro da Universidade Renmin, o impacto na "fábrica do mundo" não será para voltá-la ao mercado interno, e sim para deixá-la mais competitiva.
"Algumas empresas terão de melhorar seus produtos para o mercado externo para compensar o câmbio."


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