São Paulo, segunda-feira, 26 de julho de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Exportação brasileira de alumínio deve recuar

Para atender à demanda interna, as exportações brasileiras de alumínio devem recuar nos próximos anos.
A ausência de grandes investimentos na produção do metal, associada à expectativa de crescimento do consumo interno, irá levar à queda nos embarques do produto, de acordo com análise da Tendências Consultoria.
A participação das exportações na produção brasileira de alumínio primário deve cair para 32% neste ano, estima a consultoria. Em 2009, essa fatia foi de 42%.
"Enquanto a capacidade produtiva da indústria de alumínio primário está estagnada, a produção de bauxita e de alumina segue em expansão. Isso tem levado a uma tendência de exportação de bens menos elaborados em detrimento ao alumínio", diz Stefânia Grezzana, analista da Tendências.
O país não tem recebido grandes investimentos na capacidade produtiva, segundo Grezzana.
"Devido ao alto custo da energia e à elevada carga tributária, as empresas não estão investindo na produção de alumínio. Elas têm concentrado os recursos em etapas anteriores da cadeia -na extração da bauxita e na produção de alumina."
Se não houver novos investimentos na produção do metal, o país pode, no longo prazo, passar de exportador a importador, segundo a analista da Tendências.

CHINESES INUSITADOS
Empresa de móveis infantis licenciados da Disney, da Mattel e do Cartoon Network, a EBL vai importar uma linha de produtos leves da China.
A importação de móveis do gigante asiático é incomum, segundo o empresário Luis Henrique Moreira.
"O setor de brinquedos importa, o de móveis não, pois o frete fica muito caro, além dos impostos de importação", afirma Moreira.
Hoje, toda a fabricação é feita no mercado doméstico, pela sócia e fabricante M.E.Gonçalves, que possui cinco fábricas no país.
A empresa trará produtos infantis de pequeno porte, de madeira e estofado, como cadeiras, mesas, baús, poltronas e pufes. Por serem leves, podem ser levados para casa pelo próprio consumidor, sem necessidade de carreto.
A companhia, que já exporta para América Latina, África do Sul, Angola e Moçambique, negocia vendas para a Europa.

VENDAS DIRETAS CRESCEM 21%
O setor de vendas diretas no país movimentou R$ 11,8 bilhões em negócios nos primeiros seis meses deste ano, com alta de 21,2% em relação ao mesmo período de 2009.
Os dados são de levantamento realizado pela ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), que vai ser divulgado hoje pela entidade.
O número de revendedores ativos no país subiu 16,7% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2009, com 2,6 milhões de revendedores.



Coreanos visitam estaleiros em busca de negócios

Uma delegação com nove empresas coreanas irá visitar os estaleiros Eisa, Mauá e a Transpetro, no Rio de Janeiro, em agosto.
O objetivo é fazer acordos de cooperação com a indústria naval brasileira.
"Nós pretendemos desenvolver joint ventures e também transferir tecnologia", afirma Chris Legrand, da Lonsal, empresa que representa a coreana Sy Marine, que reúne companhias de equipamentos.
Os coreanos já se reuniram com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e com a prefeitura de Macaé (RJ).
A chegada dos estrangeiros se deve ao crescimento das encomendas nos estaleiros nacionais, impulsionadas por projetos do setor de óleo e gás, explica Sérgio Leal, secretário-executivo do Sinaval (sindicato que reúne os estaleiros do país).
"A nossa escala de produção de navios já estimula fabricantes de outros países a produzirem aqui. Atualmente, a indústria no mundo inteiro tem olhado para nós", afirma Leal.
Desde 2000, o Sinaval organiza visitas empresariais ao exterior para estreitar relações com estaleiros e fornecedores. Argentina, Espanha e Coreia já assinaram acordos com o sindicato.



Saúde... São Paulo alcançou 17,3 milhões de beneficiários de planos de saúde no primeiro trimestre, alta próxima à média nacional: 0,9% ante o mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o crescimento da região foi 1,7 ponto percentual menor que o do país, segundo o Iess (instituto de estudos do setor).

...suplementar A expansão no Estado é mais lenta porque já possui grande número de beneficiários, segundo o Iess. São Paulo concentra 40,1% de todos os usuários de planos do país.

Pré-sal Especialistas vão discutir o novo modelo de exploração e produção de petróleo e gás no país, no 1º Seminário Brasileiro do Pré-sal, entre 18 e 20 de agosto, organizado pelo Ministério de Minas e Energia. O ministro Márcio Zimmermann abrirá o evento.


PROCURA-SE PRESIDENTE
A consolidação de setores no Brasil como sucroenergético, de educação e de tecnologia acelerou a movimentação nos altos cargos de empresas nacionais.
A Michael Page Executive Search, de recrutamento de executivos, como presidentes e conselheiros, registrou alta de 46% na contratação de executivos no primeiro semestre. As empresas de capital nacional responderam por 60% das posições, segundo Fernando Andraus, diretor da empresa.
"As companhias se preparam para o cenário de consolidação. Elas têm duas opções: melhorar a gestão para crescer e competir por aquisições ou melhorar para vender a empresa."


com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES


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