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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Exportação brasileira de alumínio deve recuar
Para atender à demanda
interna, as exportações brasileiras de alumínio devem
recuar nos próximos anos.
A ausência de grandes investimentos na produção do
metal, associada à expectativa de crescimento do consumo interno, irá levar à queda
nos embarques do produto,
de acordo com análise da
Tendências Consultoria.
A participação das exportações na produção brasileira de alumínio primário deve
cair para 32% neste ano, estima a consultoria. Em 2009,
essa fatia foi de 42%.
"Enquanto a capacidade
produtiva da indústria de
alumínio primário está estagnada, a produção de bauxita
e de alumina segue em expansão. Isso tem levado a
uma tendência de exportação de bens menos elaborados em detrimento ao alumínio", diz Stefânia Grezzana,
analista da Tendências.
O país não tem recebido
grandes investimentos na capacidade produtiva, segundo Grezzana.
"Devido ao alto custo da
energia e à elevada carga tributária, as empresas não estão investindo na produção
de alumínio. Elas têm concentrado os recursos em etapas anteriores da cadeia -na
extração da bauxita e na produção de alumina."
Se não houver novos investimentos na produção do
metal, o país pode, no longo
prazo, passar de exportador
a importador, segundo a
analista da Tendências.
CHINESES INUSITADOS
Empresa de móveis infantis licenciados da Disney, da Mattel e do Cartoon
Network, a EBL vai importar
uma linha de produtos leves da China.
A importação de móveis
do gigante asiático é incomum, segundo o empresário Luis Henrique Moreira.
"O setor de brinquedos
importa, o de móveis não,
pois o frete fica muito caro,
além dos impostos de importação", afirma Moreira.
Hoje, toda a fabricação é
feita no mercado doméstico, pela sócia e fabricante
M.E.Gonçalves, que possui
cinco fábricas no país.
A empresa trará produtos
infantis de pequeno porte,
de madeira e estofado, como cadeiras, mesas, baús,
poltronas e pufes. Por serem leves, podem ser levados para casa pelo próprio
consumidor, sem necessidade de carreto.
A companhia, que já exporta para América Latina,
África do Sul, Angola e Moçambique, negocia vendas
para a Europa.
VENDAS DIRETAS CRESCEM 21%
O setor de vendas diretas
no país movimentou R$ 11,8
bilhões em negócios nos primeiros seis meses deste ano,
com alta de 21,2% em relação
ao mesmo período de 2009.
Os dados são de levantamento realizado pela ABEVD
(Associação Brasileira de
Empresas de Vendas Diretas), que vai ser divulgado
hoje pela entidade.
O número de revendedores ativos no país subiu
16,7% no primeiro semestre
na comparação com o mesmo período de 2009, com 2,6
milhões de revendedores.
Coreanos visitam estaleiros em busca de negócios
Uma delegação com nove
empresas coreanas irá visitar os estaleiros Eisa, Mauá
e a Transpetro, no Rio de Janeiro, em agosto.
O objetivo é fazer acordos
de cooperação com a indústria naval brasileira.
"Nós pretendemos desenvolver joint ventures e
também transferir tecnologia", afirma Chris Legrand,
da Lonsal, empresa que representa a coreana Sy Marine, que reúne companhias
de equipamentos.
Os coreanos já se reuniram com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e com
a prefeitura de Macaé (RJ).
A chegada dos estrangeiros se deve ao crescimento
das encomendas nos estaleiros nacionais, impulsionadas por projetos do setor
de óleo e gás, explica Sérgio
Leal, secretário-executivo
do Sinaval (sindicato que
reúne os estaleiros do país).
"A nossa escala de produção de navios já estimula
fabricantes de outros países
a produzirem aqui. Atualmente, a indústria no mundo inteiro tem olhado para
nós", afirma Leal.
Desde 2000, o Sinaval organiza visitas empresariais
ao exterior para estreitar relações com estaleiros e fornecedores. Argentina, Espanha e Coreia já assinaram
acordos com o sindicato.
Saúde... São Paulo alcançou 17,3 milhões de beneficiários de planos de saúde no primeiro trimestre, alta próxima
à média nacional: 0,9% ante o
mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o
crescimento da região foi 1,7
ponto percentual menor que o
do país, segundo o Iess (instituto de estudos do setor).
...suplementar A expansão no Estado é mais lenta porque já possui grande número
de beneficiários, segundo o
Iess. São Paulo concentra
40,1% de todos os usuários de
planos do país.
Pré-sal Especialistas vão
discutir o novo modelo de exploração e produção de petróleo e gás no país, no 1º Seminário Brasileiro do Pré-sal, entre 18 e 20 de agosto, organizado pelo Ministério de Minas e
Energia. O ministro Márcio
Zimmermann abrirá o evento.
PROCURA-SE PRESIDENTE
A consolidação de setores no Brasil como sucroenergético, de educação e de
tecnologia acelerou a movimentação nos altos cargos
de empresas nacionais.
A Michael Page Executive
Search, de recrutamento de
executivos, como presidentes e conselheiros, registrou
alta de 46% na contratação
de executivos no primeiro
semestre. As empresas de
capital nacional responderam por 60% das posições,
segundo Fernando Andraus, diretor da empresa.
"As companhias se preparam para o cenário de
consolidação. Elas têm
duas opções: melhorar a
gestão para crescer e competir por aquisições ou melhorar para vender a empresa."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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