São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011 |
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Imposição da mistura de álcool à gasolina para 18% será postergada NATUZA NERY SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA Embora tenha reduzido para 18% o piso para mistura de álcool anidro à gasolina, o governo resiste à ideia de impor agora o patamar sob argumento de que esse percentual de participação ainda não foi testado no mercado. Outro efeito colateral também influi sobre a decisão: o temor de pressionar a Petrobras, atualmente no limite de sua capacidade de refino. A decisão sobre o nível da mistura pode ser batida amanhã, em reunião dos ministros que integram o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool. Não está descartado manter o atual percentual por mais um tempo para observar melhor como o mercado se movimenta durante este período de safra. O Ministério da Agricultura gostaria de uma redução imediata, e cobra linhas de financiamento para estocagem e ampliação da área plantada, alternativas sob análise da Fazenda. Segundo a Folha apurou, o Executivo já esteve mais convicto sobre diminuir a mistura a 18%. Alguns negociadores da medida dão esse cenário como o "menos provável". Hoje, a defesa maior é por um ajuste menos ousado: passar dos atuais 25% para 20%. Mas ainda há dúvidas sobre o momento certo para aplicar a mudança. A cada 1% de álcool anidro que se corta da mistura, 20 milhões de litros devem ser substituídos por gasolina. A Petrobras também terá de fazer mudanças na "octanagem" da sua gasolina para que a mistura com menos etanol fique equilibrada. Com a redução, a Petrobras terá de rever seu planejamento de produção. Ou então, o Brasil terá de importar, pela terceira vez no ano, gasolina. Texto Anterior: Análise: Plano de investimentos da estatal até 2015 privilegia exploração e produção Próximo Texto: Foco: Sites de compra coletiva duelam em oferta de carro Índice | Comunicar Erros |
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