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Asiáticos apostam em educação de alto nível para virar potência
DA ENVIADA A DAEJEON
Investimentos robustos
em pesquisa e desenvolvimento estão transformando
a educação de alto nível da
Ásia numa força global.
Coreia, China, Cingapura e
Hong Kong vêm percorrendo
o caminho desbravado pelo
Japão nos anos 1970: globalizaram suas escolas e as posicionaram entre as melhores.
Nos principais rankings
(Times e QS), ainda dominados por americanas e britânicas, as asiáticas ocupam em
média 25 das 200 primeiras
posições -algo impensável
há algumas décadas.
No ranking Jiao Tong, escolas de China, Taiwan e
Hong Kong já somam 34 de
500 (eram 18, há cinco anos).
De 1991 a 2007, o número
de estudantes de nível superior do leste e do pacífico
asiático triplicou para 44 milhões, fazendo a taxa de alunos com idade adequada que
estão na universidade chegar
à média global. Na China, foi
de 7% para 23% em dez anos,
e, na Coreia, são espantosos
98% -no Brasil, 34%.
A fatia da publicação asiática nos principais jornais de
ciência pulou de 13% para
30%, dos anos 1980 para cá.
Tudo isso tem a ver com a
fatia do PIB destinada à pesquisa nesses países: 3,4% no
Japão, 3,2% na Coreia, 2,5%
em Cingapura, 1,4% na China -1,1% no Brasil, segundo
dados de 2007 da Unesco.
Para Simon Marginson, do
Centro de Estudos de Educação de Nível Superior da Universidade de Melbourne, na
Austrália, a chave para a escalada é o "velho respeito
confuciano à formação via
educação": famílias investem pesadamente em escolas
e tutores para os filhos, deixando ao governo o suporte a
pesquisa e escolas de elite.
"As fortes nações asiáticas
creem que produção intensiva de conhecimento será a
produção determinante para
liderar o mundo no futuro."
Enxergando na Ásia um
mercado em expansão, a
Universidade Yale anunciou
que vai criar uma escola de
artes em Cingapura -com financiamento do governo local, mas com a grife "Yale".
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