São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Asiáticos apostam em educação de alto nível para virar potência

DA ENVIADA A DAEJEON

Investimentos robustos em pesquisa e desenvolvimento estão transformando a educação de alto nível da Ásia numa força global.
Coreia, China, Cingapura e Hong Kong vêm percorrendo o caminho desbravado pelo Japão nos anos 1970: globalizaram suas escolas e as posicionaram entre as melhores.
Nos principais rankings (Times e QS), ainda dominados por americanas e britânicas, as asiáticas ocupam em média 25 das 200 primeiras posições -algo impensável há algumas décadas.
No ranking Jiao Tong, escolas de China, Taiwan e Hong Kong já somam 34 de 500 (eram 18, há cinco anos).
De 1991 a 2007, o número de estudantes de nível superior do leste e do pacífico asiático triplicou para 44 milhões, fazendo a taxa de alunos com idade adequada que estão na universidade chegar à média global. Na China, foi de 7% para 23% em dez anos, e, na Coreia, são espantosos 98% -no Brasil, 34%.
A fatia da publicação asiática nos principais jornais de ciência pulou de 13% para 30%, dos anos 1980 para cá.
Tudo isso tem a ver com a fatia do PIB destinada à pesquisa nesses países: 3,4% no Japão, 3,2% na Coreia, 2,5% em Cingapura, 1,4% na China -1,1% no Brasil, segundo dados de 2007 da Unesco.
Para Simon Marginson, do Centro de Estudos de Educação de Nível Superior da Universidade de Melbourne, na Austrália, a chave para a escalada é o "velho respeito confuciano à formação via educação": famílias investem pesadamente em escolas e tutores para os filhos, deixando ao governo o suporte a pesquisa e escolas de elite.
"As fortes nações asiáticas creem que produção intensiva de conhecimento será a produção determinante para liderar o mundo no futuro."
Enxergando na Ásia um mercado em expansão, a Universidade Yale anunciou que vai criar uma escola de artes em Cingapura -com financiamento do governo local, mas com a grife "Yale".


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