São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2010 |
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Cresce uso de tecnologia em reuniões "Telepresença" tem imagens ao vivo, em tamanho real e alta definição; salas são padronizadas para aumentar realismo Custo da instalação do equipamento mais sofisticado, incluindo a preparação da sala, chega a US$ 300 mil CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO A ideia de que "o mundo é plano" e acessível em uma tela de computador, que motivou o jornalista americano Thomas Friedman e deu título ao seu premiado livro, ganha mais espaço no dia a dia das empresas no Brasil. Um número cada vez maior de companhias instaladas no país adota uma tecnologia chamada de "telepresença" para reunir funcionários, fornecedores e clientes mesmo a milhares de quilômetros de distância. O mecanismo surpreende. É capaz de provocar a ilusão de que uma pessoa localizada em Nova York, por exemplo, foi "materializada" em um encontro de negócios que acontece em São Paulo. O participante virtual aparece em tamanho real em um monitor de alta definição de até 65 polegadas. A qualidade do som é excelente, e as salas de "telepresença" têm o mesmo padrão de cor e mobília, para aumentar o realismo. Uma experiência muito além da proporcionada pelas videoconferências atualmente em uso. "Depois de cinco minutos de telepresença, você esquece que o interlocutor está apenas virtualmente ali", diz Antônio Nehme, diretor de tecnologia para América Latina do JPMorgan. "É possível captar com detalhes as expressões faciais das pessoas", completa. O JPMorgan, que possui cerca de 170 salas de telepresença em 20 países, adotou a tecnologia no Brasil em junho de 2010. E considerando a economia com viagens de negócios, calcula recuperar o investimento daqui a seis meses -um ano depois da instalação do equipamento. "Com a telepresença, a quantidade de negócios tem aumentado", diz Nehme. CUSTOS De acordo com a multinacional Cisco, principal fornecedora da tecnologia no Brasil, a instalação do equipamento mais sofisticado, incluindo a preparação do espaço -o que incluiu sala com pelo menos seis lugares e três monitores de plasma-, custa de US$ 250 mil a US$ 300 mil. Mas a empresa diz que desde 2007, quando a telepresença começou a ser difundida pelo mundo, foram criadas opções mais simples e em conta. Entre elas, uma solução que custa US$ 20 mil e transforma o computador da sala de um executivo em um monitor de telepresença . E outra desenvolvida para pessoas físicas, ainda oferecida apenas nos EUA. Por US$ 600, a televisão da sala de estar do consumidor se transforma em canal para reuniões virtuais. "Pretendemos trazer essa alternativa para o mercado brasileiro em 2011", diz Ricardo Ogata, gerente de desenvolvimento da Cisco. MERCADO BRASILEIRO A Cisco, que entrou no segmento de telepresença brasileiro há três anos, tem hoje o produto instalado em 60 companhias. E a consultoria Frost & Sullivan projeta que, até 2013, o mercado doméstico cresça em média 25% ao ano. Mundialmente, a consultoria ABI Research diz que as vendas de equipamentos e serviços ligados a telepresença somaram US$ 567 milhões em 2009. Para os próximos a previsão é de crescimento. Espera-se que esse total chegue a US$ 2,7 bilhões em 2015. Texto Anterior: Regulamentação prevê horário flexível, mas sem hora extra Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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