São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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Bolsa cai 1% e fica no vermelho no mês

Avanço do IPCA-15 traz preocupação a investidor; nos EUA, Fed mantém juros, mas alerta para aumento das commodities

BC americano afirma que a recuperação ainda é lenta e que vai manter plano de injetar US$ 600 bi na economia

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

A três dias do encerramento do mês, a Bolsa ainda não confirma o otimismo de alguns analistas, que enxergam o mercado de volta aos seus topos históricos de preços ainda no curto prazo.
Com a queda de ontem (1,03%), a Bovespa acumula perdas de 0,86% em janeiro.
Dessa forma, o Ibovespa, "termômetro" dos negócios, agora oscila em torno dos 68 mil pontos, ainda distante da marca recorde dos 73 mil, vista em maio de 2008.
"Nesse nível de preços, acho que ainda poderemos ver o investidor à caça de "pechinchas" na Bolsa", diz Rafael Figueiredo, analista técnico da Icap Corretora.
A Bolsa de Nova York, por sua vez, chegou a bater um patamar não visto desde 2008 (os 12 mil pontos) durante o pregão. Mas perdeu ímpeto perto do fechamento e ficou abaixo da marca, subindo apenas 0,07%.
Enquanto nos EUA o investidor antecipa o aquecimento da economia previsto para 2011, no Brasil a aceleração dos preços preocupa.
Ontem, muitos se assustaram com o avanço do IPCA-15, que apontou inflação de 0,76% para janeiro, acima da previsão de 0,69%, o que fez as taxas de juros subirem no mercado futuro (BM&F).

FED
Como previsto, o Federal Reserve (banco central americano) não mexeu nas taxas de juros (de zero a 0,25% ao ano) em sua primeira reunião deste ano.
A autoridade monetária americana também manteve sua avaliação de novembro: a recuperação continua, mas em ritmo insuficiente para gerar um alívio significativo sobre o desemprego; e, por esse motivo, vai manter o plano de injetar US$ 600 bilhões na economia.
Mas deixou um alerta sobre o encarecimento das commodities (matérias-primas). Por enquanto, ainda não afetou as expectativas para a inflação.
No Brasil, o dólar fechou cotado a R$ 1,671 ontem, mantendo a cotação de terça. Embora o fluxo de divisas continue positivo, permanece o temor de nova intervenção do governo.


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