|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Variedades são mais resistentes a nova praga
DE CURITIBA
Uma nova praga que já
dizimou grandes áreas de
lavouras de cana-de-açúcar
em países como a Austrália,
no começo da década, foi
detectada no Brasil pela primeira vez entre o final de
2009 e o início deste ano.
Lavouras de cana da região de Araraquara (interior
de São Paulo) e do noroeste
do Paraná tiveram os primeiros registros de ataque
da doença.
Mas, segundo especialistas, a chamada "ferrugem
alaranjada" não conseguiu
reproduzir os mesmos estragos em escala maior devido à diversidade de variedades usadas no campo
brasileiro.
Na Austrália, a ferrugem
gerou perdas totais de 35%
do plantio da cana por causa da doença. Ela tem origem em um fungo que causa o ressecamento das folhas da planta.
Naquele país, durante o
ataque, apenas uma variedade de cana cobria cerca
de 60% da plantação do
país, o que facilitou a expansão da praga.
No Brasil, uma única variedade não costuma cobrir
uma área total superior a
20%, segundo o setor de
ciências agrárias da Ufscar
(Universidade Federal de
São Carlos).
Essa característica pode
ajudar a evitar a expansão
em massa da nova ferrugem
e o consequente prejuízo
aos agricultores.
Testes de campo já foram
feitos para medir a penetração da praga entre as espécies brasileiras.
Entre as que resistiram à
doença estão as novas variedades lançadas neste
ano pela Ridesa -rede de
universidades públicas que
pesquisa o desenvolvimento da cana para o setor sucroalcooleiro.
O professor Marcos Sanches Vieira, da área de genética e melhoramento de
plantas da UFSCar, afirma
que as variedades de cana
desenvolvidas tiveram boa
resistência à ferrugem
quando foram submetidas a
testes na Costa Rica -país
da América Central com
quem o Brasil tem convênio
para estudar o desenvolvimento da planta.
(DV)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Análise / Carnes: Diversificar mercados é opção à crise europeia Índice
|