São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Indefinição na demanda provoca oscilação no mercado de algodão

O mercado de algodão vive um período de ajustes surpreendentes, com altas e baixas expressivas. Essas oscilações revelam as incertezas sobre a tendência do mercado.
A avaliação é de Lucilio Alves, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Segundo ele, há uma incerteza quanto às demandas interna e externa, o que deixa o mercado bastante sensível.
O mercado ainda deverá manter essa indefinição nos próximos dois meses, quando estará mais bem definida a demanda interna e o volume a ser exportado.
As avaliações de consumo interno são divergentes. Algumas consultorias indicam 1 milhão de toneladas de pluma; outras preveem 800 mil.
Além das incertezas quanto ao consumo interno, o mercado avalia qual será o potencial de exportação, diz Alves.
Esse conjunto de fatores deverá determinar os preços nos próximos meses. A situação da safra norte-americana, afetada pela seca, também é mais um componente para gerar indefinições.
Os dados do mercado interno são elucidativos, afirma Alves. De 20 de julho a 4 deste mês, foram 11 dias de altas, acumulando 24% de reajuste. O comprador se retraiu, devido ao aumento dos preços, e o mercado voltou a registrar oferta de produto.
Entre os dias 5 e 16, a tendência foi de queda, com 11,1% acumulados.
As indústrias já adquiriram 500 mil toneladas, mas, se for confirmada a estimativa de consumo da Conab, deverão adquirir outras 500 mil.
O mercado de Nova York fechou em alta ontem: US$ 1,04 por libra-peso no primeiro contrato. Já no mercado interno, os preços praticamente ficaram inalterados, conforme cotação do Cepea.

Abaixo A produção norte-americana de carne bovina caiu 4% em julho deste ano em relação a igual período anterior, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Abates menores Os frigoríficos abatera m 2,77 milhões de cabeças no mês, 5% menos do que em julho de 2010.

Ainda em alta Apesar da queda de julho, a produção acumulada de carne bovina deste ano supera em 1% a de janeiro a julho do ano passado.

Grãos As condições climáticas desfavoráveis nas lavouras dos EUA provocaram altas ontem nos preços do milho e da soja.

Com ritmo Mesmo com a moagem menor de cana neste ano, a divisão industrial da unidade brasileira da SKF, que fornece componentes industriais, aumentou em 20% as vendas para o setor sucroalcooleiro neste ano em relação a igual período de 2010.

Preço do etanol tem nova alta em postos de São Paulo

A demanda de álcool está em 1 bilhão de litros por mês, bem abaixo do 1,47 bilhão do ano passado. Mesmo assim, a procura está acima da oferta, o que tem permitido novos avanços dos preços do combustível nas usinas, respingando forte também nos preços nos postos de abastecimento.
Pesquisa da Folha registrou alta de 3% nesta semana no preço do combustível, que foi a R$ 1,91 por litro, em média, na cidade de São Paulo. Já nas usinas, o hidratado subiu para R$ 1,2468 por litro, com elevação de 3%.
O anidro foi a R$ 1,4321, com alta de 3,9% na semana. Essa alta provocou reajuste no valor da gasolina, que foi a R$ 2,73 por litro, em média.

Com KARLA DOMINGUES


Texto Anterior: Análise/Preços: Alta externa de commodities impacta a inflação no Brasil
Próximo Texto: Portabilidade no Skype ainda está difícil
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.