São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Setor de frutas cresce 16% e fatura R$ 20,5 bi O valor da produção do setor de frutas cresceu 16% no ano passado, atingindo R$ 20,5 bilhões. Os dados são da pesquisa de Produção Agrícola Municipal do IBGE, que indica, ainda, uma área de plantio de 3 milhões de hectares no setor. A pesquisa do órgão inclui 22 espécies de frutas. Entre elas, o destaque ficou para a laranja, que somou renda de R$ 6 bilhões no ano passado. A banana vem a seguir, com R$ 3,8 bilhões. Um dos motivos da elevação das receitas dos produtores é que poucas frutas tiveram redução de preço no ano passado. Entre os principais produtos da lista, somente a maçã teve queda, que atingiu 7% no período. Com isso, as receitas dos produtores de maçã recuaram para R$ 875 milhões. Devido à laranja, São Paulo mantém a liderança nacional na produção e em receitas com frutas. No ano passado, a utilização de 685 mil hectares rendeu R$ 6,74 bilhões ao Estado, a maior parte vinda da laranja. A Bahia também se destaca no setor de frutas e ocupa a segunda posição nacional. Os produtores baianos obtiveram receitas de R$ 3,1 bilhões no período. Apesar de São Paulo e Bahia liderarem o setor, o município com a maior receita é pernambucano. Petrolina, onde são cultivados 20 mil hectares de frutas, obteve receita de R$ 619 milhões no ano passado, 25% mais do que em 2009. Os dados do IBGE mostram que Juazeiro (BA) e Pinheiros (ES) vêm a seguir. Já o primeiro município paulista da lista é Mogi Guaçu -aparece em quarto lugar. O pior desempenho do ano passado foi o da castanha-de-caju. Mesmo com a elevação de 22% no valor do produto, a queda de 53% na produção fez a receita dos produtores recuar para R$ 114 milhões. Chuvas irregulares e escassas, além do retardamento da floração dos cajueiros, provocaram a queda no setor, segundo avaliação do IBGE. Ritmo melhor A qualidade da cana-de-açúcar superou as expectativas na primeira quinzena deste mês. O ATR (açúcar total recuperável) por tonelada de cana atingiu 159,40 quilos, acima dos 142,50 quilos do início de outubro de 2010. Compensação A avaliação é de Antonio Padua Rodrigues, diretor da Unica. Para ele, o aumento do ATR "compensa parcialmente a redução na moagem da cana". A oferta menor de cana provoca recuo acumulado de 12,9% na produção total de álcool nesta safra. Renda As receitas dos produtores nacionais de trigo continuam bem longe dos custos nesta safra. A avaliação é do Cepea, com base em estudo feito pelo órgão. Distante Para que o produtor equilibre custos e receitas, a produtividade deveria atingir 50 sacas por hectare. Os paranaenses conseguiram 35 e os gaúchos, ainda em safra, não devem chegar a esse patamar de equilíbrio. Para cima O ouro voltou a ser negociado por valor superior a US$ 1.700 por onça-troy em Nova York, ontem. A alta acumulada em 30 dias atinge 8%. Inverso Já as commodities agrícolas e o petróleo tiveram caminho inverso, com fortes reduções, efeito das incertezas da economia mundial. O petróleo caiu 3,2% e o trigo, 2,6%. DE OLHO NO PREÇO Nova York Açúcar (cent. de US$)* 26,35 Algodão (cent. de US$)* 100,32 Mercado Interno Milho (R$ por saca) 25,14 Soja (R$ por saca) 43,32 *por libra-peso Texto Anterior: Análise/Alimentação: Brasil precisa explorar o grande potencial da aqüicultura Próximo Texto: Silvio Meira: O Brasil bem que podia ajudar Índice | Comunicar Erros |
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