São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Sem citar IPI, Summers faz crítica a 'nacionalismo econômico' do Brasil

DE SÃO PAULO - O economista americano Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA e ex-assessor econômico de Barack Obama, criticou o que chamou de "nacionalismo econômico" adotado pelo Brasil, como o aumento de IPI para carros importados.
"Essas políticas são tentadoras. Mas, no longo prazo, é como se todos tentassem ficar de pé no estádio de futebol para ver melhor. Um de pé vê melhor. Mas, com todos de pé, ninguém vai ver nada", afirmou o economista, que dirigiu o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca entre 2009 e 2012 e foi presidente de Harvard.
Summers não citou diretamente o caso do IPI, mas explicou que se referia a políticas que beneficiam empresas locais em detrimento de empresas globais. No caso do aumento do IPI sobre veículos, a medida vale só para modelos importados ou que tenham menos de 65% das peças nacionais.
O economista ressaltou que o governo que adota o nacionalismo econômico concede "vantagens por subsídios a setores que são bem relacionados politicamente".
O aumento do imposto foi anunciado em 15 de setembro. Mas o STF adiou por 90 dias a entrada em vigor da medida.
Summers participou de evento em São Paulo. (JULIANA ROCHA)



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