São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010 |
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Está caro comprar banco no país, diz HSBC
Para instituição britânica, movimento de consolidação do setor na região chegou ao limite, à exceção da Argentina
Novas aquisições não estão nos planos do HSBC para
o Brasil. O gigante britânico
do setor bancário acredita
que o movimento de consolidação do setor no país chegou ao limite e os ativos ficaram muito caros. América Latina Temos uma presença importante na América Latina de forma geral, com cerca de 6% de participação do mercado. Há a expectativa de que a América Latina como produtora de commodities tenha condições de crescer fortemente nos próximos dez anos, a taxas de 5%, 6%. Isso, para nós, é uma oportunidade importante. Há uma população jovem na região que vai crescer nos próximos anos e vai demandar produtos financeiros. Além disso, o comércio internacional entre a Ásia e a América Latina vem crescendo fortemente. Então, estamos rodeados por oportunidades de crescimento para esse mercado. Fatia do mercado Deve ficar por volta de 6%, 8%, porque a competição é muito forte. Assim como na Ásia, os bancos locais e regionais são muito fortes. Mas o crescimento orgânico da América Latina vai nos permitir ter um banco muito sólido e bem estabelecido. Consolidação no Brasil Acho que o movimento de consolidação chegou ao seu limite. Acho que não tem mais alternativas de consolidação, talvez alguns bancos pequenos e médios possam se consolidar entre si. Mas não vejo muito mais oportunidades de consolidação no mercado brasileiro, porque está muito caro. Isso vale para a América Latina em geral. Os ativos estão muito caros. Comprar banco está caro. Financeiramente, não justifica o retorno. PanAmericano O impacto deve ser muito limitado. Acho que a solução de mercado foi benfeita, sem muita repercussão. Agora, temos de saber que os perfis de risco são distintos, entre um banco de primeira linha e um que pague talvez um rendimento maior, mas não tenha a mesma solidez. Compulsório Há uma distorção no mercado brasileiro, que são os depósitos compulsórios. Os bancos pequenos e médios têm dificuldade de se financiar porque não têm uma base tão larga de depósitos. Cria uma barreira de entrada no negócio de forma sustentada. Fica caro para esses bancos se financiarem, e você pode ter financiamento em um dia e não ter no outro por conta dos movimentos de volatilidade do mercado. Argentina Com a morte do ex-presidente (Néstor) Kirchner, há uma percepção de que a Argentina pode ter uma mudança de governo e isso, na visão dos mercados, pode ser positivo. A economia está crescendo porque o país é exportador de commodities, tem um endividamento público suportável, tem um nível de reservas confortável e o governo parece estar concluindo a renegociação da dívida. Se houvesse uma boa oportunidade na Argentina, estaríamos abertos a comprar, porque [lá] os preços estão mais convidativos. Texto Anterior: Análise: Como combater especulação nos emergentes Próximo Texto: Raio-X: Emilson Alonso Índice | Comunicar Erros |
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