São Paulo, segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

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Espaços vazios atraem estúdios de cinema

DE WASHINGTON

Apenas abrir espaços verdes não vai resolver o problema econômico local e interromper o enxugamento. Será preciso atrair novos tipos de indústria e criar empregos.
Algumas indústrias já estão experimentando o gosto local, como a cinematográfica. Estúdios de Hollywood compraram galpões vazios e os estão transformando em locações para filmagens.
Sem falar na reciclagem de larga escala, que se aproveita do material vasto de fábricas abandonadas na região.
A transformação de Detroit tem escala sem precedentes, mas seu desafio não é único nos EUA. O colapso da cidade acompanha a erosão geral das indústrias que ajudaram a erguer o país.
"Quando grandes cidades como Detroit ou Pittsburg encolhem e se tornam sombras do que foram um dia, o que isso indica sobre o país?", diz o urbanista Richard Florida. "É um sinal muito ruim."
Mesmo otimistas como Margaret Dewar reconhecem que o problema é contagioso. "O país como um todo têm perspectivas econômicas muito melhores do que Detroit", diz. "Mas praticamente todas antigas áreas manufatureiras vivem a situação de perda populacional e de empregos."
Dewar cita áreas em Ohio e Nova York como exemplos.
O enxugamento da cidade-símbolo, um berço clássico da classe média americana, começa a ser visto como indicativo de uma necessidade mudança de padrão geral.
Por enquanto, os Estados Unidos continuam a apostar em investimento nos formatos antigos, com pacotes de estímulo e resgates a bancos e montadoras.
Mas, se Detroit não consegue se reerguer, há importantes perguntas a serem feitas sobre o destino dos EUA no século 21. (AM)


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