São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

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Keynes morreu novamente, dizem os EUA

DO ENVIADO A DAVOS

Lembra-se de toda a louvação sobre a volta de Keynes (John Maynard Keynes, pai do que, no Brasil, se chamaria de desenvolvimentismo via um Estado ativo)? Pois acabou.
"O momento keynesiano passou", decretou ontem Timothy Geithner, o secretário norte-americano do Tesouro, em conversa com um pequeno grupo de jornalistas em Davos.
"Agora, somos todos falcões fiscais", reforçou Geithner, para dizer que o mundo todo está empenhado em colocar as contas pública em ordem (até o Brasil, menos afetado pela crise que ressuscitou Keynes, entrou nessa onda).
A afirmação encerra um longo período de debates no G20, o clube das 19 maiores economias do mundo mais a UE. Primeiro, houve uma convergência na necessidade de keynesianismo, para ressuscitar economias moribundas.
Depois, europeus e americanos (com apoio do Brasil) tomaram caminhos diferentes: os EUA insistiam em que era cedo para suprimir os pacotes de estímulo. Fazê-lo poderia matar a embrionária recuperação.
Os europeus, ao contrário, queriam pôr toda a ênfase na necessidade de corrigir seus deficit e dívidas.
Agora, voltam todos a convergir, mesmo quando a recuperação é muito desigual. Fortíssima nos emergentes, razoável nos EUA e débil na Europa.


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