|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Justiça suspende ação contra consórcio de Jirau
Pedido foi feito pelo Ministério Público do Trabalho, após anúncio de 4.000 demissões
FELIPE LUCHETE
DE BELÉM
Após o anúncio de que
4.000 operários devem ser
demitidos da hidrelétrica de
Jirau, em Rondônia, a Justiça
do Trabalho suspendeu uma
ação contra o consórcio responsável pela obra que pedia
a garantia dos empregos.
A ação ficará suspensa até
31 de julho, prazo que a empreiteira Camargo Corrêa
tem para respeitar um acordo
firmado no dia 16 com o Sticcero (sindicato dos trabalhadores da construção civil do
Estado).
O acordo permite que a
construtora demita funcionários que voltaram a seus
Estados de origem desde que
cumpra quatro pontos: crie
polos em outras cidades para
rescindir contratos, custeie
viagens, reembolse quem
perdeu bens e, na hipótese
de surgirem vagas, dê preferência a esses operários.
Em março, depois das revoltas que destruíram instalações do canteiro de obras,
uma liminar da Justiça havia
determinado que o consórcio
e a construtora garantissem o
retorno dos empregados.
Na segunda-feira passada,
porém, a Justiça atendeu pedido do Ministério Público do
Trabalho, autor da ação.
Com a suspensão, a Procuradoria diz que acompanhará o cumprimento do acordo
e que poderá reabrir a ação
caso haja irregularidades no
processo de demissão.
De acordo com o Ministério Público, a empresa tem liberdade para demitir, desde
que respeite os direitos trabalhistas. O Sticcero também
diz que não pode evitar as demissões, apenas fiscalizar se
são feitas corretamente.
Já o presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, afirma que, se a Camargo Corrêa
demitir funcionários que
querem voltar a trabalhar,
entrará com ações na Justiça.
Procurada, a Camargo
Corrêa não informou o número de demissões.
Texto Anterior: Análise: Modelo elétrico "turbina" valor da conta Próximo Texto: Governo quer empresa aérea em terminal Índice | Comunicar Erros
|