São Paulo, sábado, 29 de janeiro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Embarque de suco volta a subir na safra 2010/11

Depois de uma queda na safra 2009/10, as exportações mundiais de suco de laranja devem aumentar 5,7% na atual temporada.
Os embarques de suco dos principais produtores devem atingir 1,47 milhão de toneladas na safra 2010/11, ante 1,39 milhão de toneladas na anterior, quando o comércio internacional recuou 8,5%.
A estimativa foi divulgada pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), em relatório nesta semana. Como o Brasil detém mais de 80% do mercado mundial, a previsão para os embarques do país está em linha com a geral: aumento de 5%, para 1,22 milhão de toneladas.
Já os Estados Unidos, onde os efeitos climáticos sobre a atual safra na Flórida agora parecem menos intensos do que o esperado, devem apresentar um crescimento de 8% nas suas exportações, para 115 mil toneladas.
Segundo o Usda, o aquecimento do comércio internacional é assegurado pela maior demanda da União Europeia, "onde a conveniência do suco de laranja está melhor adaptada aos hábitos modernos de consumo do que as frutas frescas".
A UE -principal mercado para o Brasil- deve consumir 892 mil toneladas de suco de laranja, com um crescimento de 4% em relação à safra passada. Desse total, 800 mil toneladas de suco serão importadas.
Apesar dessa recuperação, há uma crescente preocupação no setor sobre o futuro das exportações de suco de laranja, diante da maior concorrência com outras bebidas que levam pouca -ou nenhuma- quantidade de suco e que têm lançamentos frequentes no mercado. É o caso de bebidas à base de soja e isotônicos, por exemplo.
Nos Estados Unidos, o consumo de suco de laranja caiu 15% entre 2003 e 2009. Na Europa, a queda foi de 4% no mesmo intervalo.
A esperança está nos emergentes, onde cresce a população urbana. Na China, o consumo subiu 66% de 2003 a 2009, segundo estudo da consultoria Markestrat.

JBS e Sara Lee "Crescemos por aquisições e estamos sempre olhando oportunidades, mas isso não quer dizer que vamos comprar toda empresa do mundo que está à venda. Dependendo do preço, pode até valer a pena", disse à Folha Joesley Batista, presidente da JBS.

Nada a declarar A empresa teria interesse na compra da americana Sara Lee. Na quinta-feira, em resposta a questionamento da CVM, a JBS informou que, naquela data, não existia qualquer contrato envolvendo aquisição. Joesley reiterou, ontem, que não há nada a declarar sobre o tema no momento.

Café em alta O preço encerrou a semana com forte alta em Nova York. O primeiro contrato de café fechou ontem a US$ 0,24 por libra-peso, alta de 3,40%. No mercado interno, os preços também subiram 3,42% no dia, com negócios a R$ 470 a saca de 60 quilos em São Paulo.

Agricultura familiar A Inaceres, indústria especializada em palmito, está treinando 20 famílias de pequenos agricultores do sul da Bahia para o cultivo de pupunha. A empresa, que busca um maior número de fornecedores, dá garantia de compra e assistência técnica. A ONG Instituto Ventura responde pelo financiamento.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Chicago

SOJA
(dólar por bushel) 13,98

MILHO
(dólar por bushel) 6,44

Nova York

ALGODÃO
(cent.de US$)* 164,75

AÇÚCAR
(cent.de US$)* 33,94 * por libra-peso

TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES


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