São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Maoris protestam contra acordo entre Petrobras e governo da Nova Zelândia

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Algumas dezenas de pessoas protestaram anteontem na Nova Zelândia contra um acordo assinado entre a Petrobras e o governo do país para a exploração de hidrocarbonetos em sua costa.
Os manifestantes, liderados por maoris (população autóctone da Nova Zelândia), acenderam fogueiras em praias entre as cidades de Opotiki e Gisborne, no nordeste do país.
Na região vivem cerca de 70 mil pessoas dessa etnia, das tribos ngati porou e te whanau-a-apanui.
"Há três razões para se opor ao acordo", disse à Folha, por telefone, Api Mahuika, líder dos ngati porou. "Em primeiro lugar, o governo não nos consultou. Em segundo lugar, vimos o histórico dos problemas da Petrobras. Finalmente, sabemos o que está acontecendo no golfo do México."
Questionado sobre onde encontrou os dados sobre a Petrobras, Mahuika afirmou que fez uma pesquisa no Google. "Há pelo menos quatro grandes catástrofes envolvendo essa companhia."
O líder maori afirmou que as tribos locais têm na pesca a sua atividade principal.
Em declarações à imprensa neozelandesa, o ministro da Energia, Gerry Brownlee, pediu desculpas por não ter informado os maoris, mas ratificou o acordo. "Podemos trabalhar juntos ou nos enfrentarmos -a escolha é deles", disse Brownlee.
Procurada, a Petrobras não se manifestou sobre os protestos dos maoris.


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