São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Grupo Convenção desenvolve energético voltado à classe C

Produto, que chega nesta semana ao mercado, será vendido em garrafas com 2 litros

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

De olho no crescimento do consumo de bebidas energéticas no Brasil, e do interesse dos consumidores de baixa renda, a empresa paulista Refrigerantes Convenção está lançando uma versão popular do produto.
Batizado de MSX, o energético popular chega nesta semana aos supermercados do Rio de Janeiro e de São Paulo, tendo como principais apelos o preço e o tamanho das embalagens.
O produto será vendido em garrafas PET individuais de 350 ml, por R$ 5, e no tamanho "família", de 2 litros, por R$ 12,50. Na comparação proporcional de volume com os concorrentes, o produto custa 40% menos.
"O público-alvo são consumidores das classes C e D entre 18 e 35 anos que achavam esses produtos caros", diz Paulo Ferrari, diretor comercial da companhia.
Segundo dados da Nielsen, o mercado de energéticos cresceu 49% em 2009.
"O consumo médio por pessoa de energético no Brasil é de uma lata ao ano, muito inferior às 16 latas anuais consumidas nos EUA ou na Europa. Temos muito espaço para crescer", diz.
Hoje, as principais fabricantes de energéticos -Red Bull e Coca-Cola, com a marca Burn- detêm cerca de 70% do mercado no país.
Uma pesquisa feita a pedido da Folha pela consultoria Ponte Estratégia com cem consumidores com renda entre três e dez salários mínimos, e publicada na edição de 18 de julho, mostra que bebidas energéticas são consideradas "artigos de luxo" para esse público. Entre as bebidas mais desejadas, Red Bull ocupa a quinta posição, atrás de vinhos portugueses e chilenos, marcas de vodca e de champanhe.

DIVERSIFICAÇÃO
O energético faz parte da estratégia de expansão da Refrigerantes Convenção.
Em maio, a companhia lançou um novo tipo de cerveja e elevou para 64 o número de produtos à venda, entre eles refrigerantes e refrescos.
Criada em 1951, a maior parte do faturamento da companhia -de R$ 240 milhões em 2009- é baseada na venda dos produtos à base de guaraná. Para 2010, a companhia projeta faturamento de R$ 400 milhões.


Colaborou CLAUDIA ROLLI, de São Paulo


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