DE LONDRES

A crise na Irlanda eclodiu em 2008, com a mundial. A bolha imobiliária explodiu, o preço dos imóveis caiu até 60%, e os bancos, que foram irresponsáveis na concessão de empréstimos em busca de lucro fácil, ficaram com créditos de pessoas que não tinham como pagar.
O governo, com medo de quebra total do sistema, disse que garantiria os bancos. Injetou bilhões e viu sua dívida explodir.
Com recessão e a decorrente queda da arrecadação, o deficit público subiu e deve chegar a 11,7% do PIB neste ano. Pelo acordo de ontem, tem de ficar abaixo de 3% até 2015.
O mercado passou a crer que a situação era insolúvel e que a Irlanda estava à beira do calote. Exigiu juros acima de 9% ao ano por títulos de dez anos.
A crise se espalhou para Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, que também tiveram de pagar juros acima da média. O medo é que a Espanha não consiga fechar suas contas sem ter de recorrer à ajuda da UE.
Socorrê-la poderia desestabilizar a região e acabar com a moeda única.


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