São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Greve dos bancários fecha 20% das agências

Segundo sindicato, a paralisação, que continua indefinidamente, atingiu 3.864 bancos

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O primeiro dia de greve dos bancários atingiu apenas 20% das 19,8 mil agências do país, informou a categoria.
Segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), 3.864 agências não funcionaram ontem.
Em São Paulo, 598 agências não abriram na capital e em mais 16 municípios.
Os paulistanos enfrentaram transtornos, mas encontraram agências abertas.
No centro, a Folha encontrou duas agências lacradas, 12 com atendimento só em caixas eletrônicos e oito funcionando normalmente.
Na avenida Paulista, muitos bancos fecharam de manhã, devido a piquetes de sindicalistas. Eles impediram a entrada de clientes.
À tarde, seis agências visitadas funcionavam normalmente, mas mantinham os avisos de greve na fachada. "Não adianta tirar que eles (os sindicalistas) colocam de novo", disse uma funcionária do Bradesco.
A maioria das agências funcionava também na avenida Brigadeiro Faria Lima, mas havia ao menos uma do Banco do Brasil fechada.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não apresentou um balanço. Magnus Ribas, superintendente de Relações do Trabalho da Febraban, disse, porém, que a maioria abriu.
Os bancários pedem 11% de reajuste e elevação do piso salarial de R$ 1.074 para R$ 2.157 -proposta que não foi aceita pelos patrões.
Ribas negou que os bancos não estejam dispostos a negociar. Aceitam dar um reajuste acima da inflação (4,29%), porém menor do que o pedido, disse ele.
O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, diz que aumento de 11% é justo: "A lucratividade dos cinco maiores bancos cresceu 32% no primeiro semestre".
Este é o sétimo ano seguido em que os bancários entram em greve por reajuste salarial. A paralisação é por tempo indefinido.


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