São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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Comitiva dos EUA vem ao país mirar pré-sal

Mais de 170 empresas chegam no domingo para montar grupo de trabalho sobre petróleo

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

De olho no pré-sal e no avanço comercial chinês na região, os EUA querem ampliar a parceria com o Brasil em exploração de petróleo. O subsecretário dos EUA de Comércio Exterior, Francisco Sánchez, chega ao país neste domingo com uma comitiva de 176 empresas americanas para iniciar um grupo de trabalho sobre petróleo e gás.
Há décadas os políticos americanos pregam a necessidade de independência energética em relação ao Oriente Médio, para evitar instabilidades geopolíticas que afetem a economia.
Mas, só mais recentemente, com a descoberta do pré-sal no Brasil e o investimento em petróleo no Canadá, a proposta parece mais concreta.
Indagado sobre a política de energia limpa que o presidente Barack Obama defende e qual o lugar do biodiesel brasileiro nela, porém, Sánchez saiu pela tangente.
"Ainda precisamos trabalhar com o Congresso e com o Brasil para ver como fica." Os EUA pagam subsídio a seus produtores de etanol e sobretaxam o álcool brasileiro. A Casa Branca não quer renovar os subsídios, mas o tema patina no Congresso.
O subsecretário também alfinetou a China. "Se você olhar o que a China compra das Américas, são só produtos básicos. Faz os números parecerem bons, mas não abre empregos no seu país."
Para ele, é suficiente que os EUA invistam na integração das cadeias produtivas com vizinhos -Sánchez citou a Embraer, que produz aviões no Brasil, mas usa, em parte, peças americanas- e harmonizem padrões de regulação.


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