São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

'Vírus da aftosa não tem passaporte', diz pecuarista

O surgimento de novo foco de aftosa na América do Sul deixa duas lições, na avaliação de Jovelino Carvalho Mineiro Filho, empresário agrícola e vice-presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu).
De um lado, houve uma ação rápida do Paraguai, como deve ser nessas situações. De outro, a ação de combate tem de ser conjunta entre os países porque "o vírus da aftosa não tem passaporte e desconhece fronteiras".
Para Mineiro, o Brasil vem buscando essa integração e "tem agido com responsabilidade, mas o setor tem de ficar atento". A pecuária avançou muito nos últimos 20 anos e não deve ignorar essas ocorrências porque o prejuízo é grande, diz ele. O pecuarista acha que o setor está mais bem preparado. O aumento do preço da arroba trouxe benefícios financeiros para toda a cadeia: do mercado de bezerro, de reposição, de inseminação ao de touros com boa genética.
Mineiro, que coloca 300 touros em leilão no próximo domingo em Rancharia (SP), diz que o produtor está cada vez mais agregando tecnologia à produção, o que tem provocado "uma revolução na pecuária de corte". O setor de touros vem crescendo nos últimos dois a- nos e a ABCZ quer criar um sumário único dos animais das raças zebuínas.
Esse é um momento bom para o Brasil, um dos principais produtores e exportadores de commodities. Enquanto Estados Unidos e Europa têm dificuldade para ter uma economia ativa, o Brasil deverá manter bom ritmo na produção de alimentos, um setor que pouco sofre nas crises, diz Mineiro.
"Melhor ainda se conseguir agregar valor aos produtos", diz ele.

Mais investimento As incertezas envolvendo o marco regulatório de mineração não abalam o apetite das empresas por investimentos no setor no Brasil.

Ainda mais Para Paulo Camillo Penna, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), os aportes previstos para os próximos cinco anos no setor poderão aumentar dos atuais US$ 68,5 bilhões para US$ 70 bilhões.

Questão regulatória O Sindag, que reúne empresas do setor de defensivos agrícolas no Brasil, estará em Bruxelas na próxima semana para falar sobre questões tributárias, regulatórias e legais a empresas e a associações da União Europeia.

Agronegócio A participação do setor de defensivos agrícolas está inserida em uma pauta maior, onde empresas de vários setores discutirão a relação entre a União Europeia e o Brasil, passando também pelo agronegócio.

Menos leite A captação de agosto superou em 3,8% a de julho, mas caiu 4,7% em relação à de igual mês do ano passado.

Disputa Essa oferta menor de leite neste ano provoca disputa acirrada pelo produto entre os laticínios, permitindo alta de 2,5% nos preços deste mês, segundo dados do Cepea.

Bons preços Os preços recebidos pelos produtores norte-americanos estão 29% mais elevados neste mês do que em igual período de 2010, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Liderança Os preços no setor agrícola subiram 38% no período, enquanto os do setor de carnes tiveram reajuste de 20%, aponta o Usda.

OIC Robério Silva, do Ministério da Agricultura, foi eleito diretor-executivo da Organização Internacional do Café até 2016.

com TATIANA FREITAS


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