São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 |
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ANÁLISE Rivalidade de Serra com Aécio barrou avanço da Cemig em SP CATIA SEABRA DE SÃO PAULO O setor elétrico produziu faísca na já tumultuada relação dos ex-governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. No início de 2008 -em plena disputa entre os tucanos pelo direito de representar o PSDB na corrida presidencial-, o governo Serra não permitiu que a Cemig participasse do processo de privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), prevista para março daquele ano. Aécio protestou. Mas prevaleceu o argumento de que uma lei estadual, herança do governo Covas, proibia a venda para outra estatal. "A lógica que está por trás é: se é um processo de privatização, não se pode permitir que outra estatal venha a comprar. Se não, não é privatização, né?", argumentou o secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Em 2006, a Cemig tentou arrematar a Cteep, mas, pelo mesmo motivo, ficou fora da disputa. A compradora foi uma estatal. Da Colômbia. Essa regra não foi, porém, aplicada em dezembro de 2008 pelo mesmo governo Serra no processo de venda do Banco Nossa Caixa para o Banco do Brasil. Para viabilizar a operação, Serra enviou um projeto para a Assembleia Legislativa de São Paulo, autorizando a venda da Nossa Caixa para um banco estatal. A venda da Nossa Caixa aconteceu em março de 2009. Mas a privatização da Cesp, programada para o ano anterior, fracassou. Sem a garantia de renovação de concessões da Cesp, os interessados não apresentaram proposta de compra. Segundo o futuro secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, a privatização da Cesp não está nos planos de Geraldo Alckmin. "Não está em pauta." Texto Anterior: Companhias negam acordos para criação de "superelétricas" Próximo Texto: Custo de Angra 3 sobe para R$ 10,4 bilhões Índice | Comunicar Erros |
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