São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

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Custo de Angra 3 sobe para R$ 10,4 bilhões

Estimativa inicial para construção de usina era de R$ 7 bi; BNDES vai financiar R$ 6 bi

JANAINA LAGE
DO RIO

O projeto de construção da usina nuclear Angra 3 terá R$°6,1 bilhões em financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
De acordo com o projeto entregue ao banco, o empréstimo corresponde a 58,6% do custo total de construção da usina, estimado em R$ 10,4 bilhões.
A estimativa inicial de custo da obra era da ordem de R$°7 bilhões. Segundo Luiz Manuel Messias, superintendente de gerenciamento de empreendimentos da Eletronuclear, o aumento do preço foi resultado da renegociação de contratos.
Além disso, ele afirma que o valor apresentado ao BNDES pode incluir também os custos com a carga de combustível.
A estimativa é que até fevereiro sejam assinados os contratos com a Areva, empresa fabricante de equipamentos que resultou da fusão da alemã Siemens KWU com a francesa Framatome.
Segundo Messias, a construção será financiada com recursos próprios da Eletrobras e com empréstimos do BNDES e de bancos estrangeiros. Hoje é a data final para o envio de propostas de instituições estrangeiras interessadas em financiar a construção. Até agora, os que mostraram maior interesse pelo negócio foram bancos franceses.
A entrada em operação da usina está prevista para dezembro de 2015. Messias afirma que os principais avanços neste ano foram na fundação dos prédios da usina e na renegociação de contratos.
O projeto de construção de Angra 3 ficou parado por 23 anos. A construção foi interrompida em 1986 por falta de recursos públicos, custo alto e dúvidas sobre a conveniência da matriz energética nuclear.
O país gastou US$ 750 milhões na compra de equipamentos que estão guardados em galpões há mais de 20 anos para utilização em Angra 3, com custo de manutenção estimado em US$ 20 milhões por ano.


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