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Investidores se retraem e Bolsa de SP recua 2%
Giro de negócios é baixo à espera de indicadores como PIB no Brasil e ata do Fed
Ações da Petrobras recuam 4%; mercados têm dia negativo também nos EUA e na Europa
DE SÃO PAULO
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) devolveu
quase todos os ganhos de
sexta, ao ceder 2,02% na jornada de ontem. Segundo
analistas, o pessimismo sobre a economia mundial,
combinado com uma agenda
de indicadores bastante carregada nos próximos dias,
assustou os investidores.
As ações da Petrobras puxaram a fila das perdas no
dia e caíram mais de 4%, ainda com as dúvidas dos investidores sobre a capitalização
da empresa.
O giro de negócios foi bastante fraco (apenas R$ 4 bilhões), bem abaixo da média
do mês.
"Nesta semana, juntou um
monte de eventos importantes: o PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro do segundo
trimestre, o Copom, a ata do
Fed [o banco central americano], o relatório sobre o emprego privado", lembra Daniel Lopes, economista da
Futura Investidores. "Na dúvida, todo mundo vende."
Nem mesmo o aumento de
0,4% no nível de gastos dos
americanos -em um desempenho acima das expectativas para julho- ajudou a reverter o tom negativo.
A Bolsa de Nova York caiu
1,4%, enquanto as Bolsas europeias perderam 0,65%
(Frankfurt) e 0,58% (Paris).
O dólar comercial avançou
0,4%, para R$ 1,76. Hoje é virada de mês e, portanto, a
tradicional disputa pela formação da Ptax (taxa média
de câmbio) pode adicionar
volatilidade aos negócios.
A agenda econômica de
hoje promete novas emoções
para o investidor. O banco
central americano publica,
no meio da tarde, sua ata
com uma análise detalhada
sobre a economia local. Uma
visão muito pessimista pode
pesar no rumo dos negócios.
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