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Pobreza contrasta com importância estratégica do país

DE SÃO PAULO

Com cerca de 25 milhões de habitantes, renda per capita de US$ 2.700 (a 172ª do mundo) e em 154º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU -70 posições abaixo do Brasil-, o Iêmen é um país cuja pobreza contrasta com a importância estratégica na região.

Situado ao sul da Arábia Saudita (maior produtor de petróleo do mundo), o país fica exatamente na passagem do mar Vermelho para o golfo de Áden e o oceano Índico, uma rota importante para navios petroleiros.

O norte iemenita tornou-se independente dos otomanos em 1918, e o sul foi protetorado britânico até 1967.

Em 1970, um governo de orientação marxista assumiu o Iêmen do Sul, o que levou a hostilidades até a unificação de norte e sul, em 1990, sob o comando de Saleh -que já estava no poder no norte desde 1978.

Os protestos no sul contra a ditadura de Saleh começaram em 2008, por razões socioeconômicas, e ganharam caráter secessionista. Receberam impulso ainda maior em fevereiro deste ano, na esteira da onda de revoltas no mundo árabe.

Aliados do Iêmen, os EUA viam com preocupação a instabilidade no país, onde a Al Qaeda na Península Arábica -braço da rede responsável pelos atentados do 11 de Setembro- vem atuando ao menos desde 2009.

Saleh, que aceitou e rejeitou acordos seguidas vezes até assinar o de ontem, dizia que sua manutenção no poder era necessária para o combate à Al Qaeda. A Casa Branca pensou diferente.

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