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Líderes políticos lamentam a morte de Danielle Mitterrand

Viúva de ex-presidente francês era reconhecida ativista política

DE SÃO PAULO

"Amiga e combatente", "uma mulher extraordinária", "teimosamente dedicada à Justiça global". Essas foram algumas das muitas palavras usadas para descrever Danielle Miterrand.

Anteontem, a viúva do ex-presidente François Mitterrand (1981-95) morreu aos 87 anos, de insuficiência respiratória. Havia quatro dias estava hospitalizada em Paris.

Fôlego em vida, porém, sobrou-lhe. Danielle era conhecida por suas fortes opiniões esquerdistas e sua amizade assumida com o ex-ditador cubano Fidel Castro.

"Continuarei militando até minha morte", prometera convicta em 1992 -como recorda o obituário escrito pelo jornal "Le Monde" ontem.

Sua imagem sempre esteve associada à do presidente socialista Mitterrand, com quem ela se casou em 1944. Danielle apoiou o marido durante sua longa vida política, mesmo quando a imprensa revelou uma filha que ele teve fora do casamento.

Casada com a "realpolitik", porém, foi capaz de manter a própria voz. Ativismo e idealismo. Em 1986, criou a fundação "France Libertés" e viajou os quatro cantos do planeta, denunciando injustiças sociais das mais diversas.

Entre muitos de seus feitos, escapou de um atentado à bomba no Curdistão iraquiano. Visitou Fidel em Cuba para apoiar projetos ambientais e culturais. "Uma grande dama", elogiou o candidato socialista à Presidência da França, François Hollande.

Ontem, o jornal cubano "Granma" lamentou a morte de "uma mulher extraordinária". E o presidente venezuelano Hugo Chávez a saudou como "amiga e combatente" das causas revolucionárias.

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