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Bancos investem em lobby para tentar salvar sua imagem

Apontadas como vilãs da crise, instituições financeiras dos Estados Unidos terão gasto recorde neste ano com lobistas, segundo estudo

DE SÃO PAULO

Diante da crise persistente e da crescente pressão das ruas com o movimento "Ocupe Wall Street", os bancos americanos investem alto para reverter o desgaste de sua imagem em Washington.

Segundo levantamento publicado pelo jornal "Charlotte Observer", da Carolina do Norte, o gasto dos bancos dos EUA com lobistas em 2011 deverá bater seu recorde. Será o sexto ano consecutivo.

O estudo do grupo de pesquisas Center for Responsive Politics mostra que o investimento das cinco instituições financeiras que mais gastam cresceu 12% nos três primeiros trimestres deste ano, em comparação a igual período de 2010. Até novembro do ano passado, os bancos haviam gastado US$ 42 milhões (R$ 78 milhões) em lobby. Em 2011, já foram gastos US$ 47 milhões (R$ 87,7 milhões).

Só a American Bankers Association, o JP Morgan Chase e o Wells Fargo já tinham, em setembro, gastos maiores com lobistas do que sua soma total no ano passado.

O Wells Fargo registrou o aumento mais expressivo: de U$ 3,2 milhões (R$ 5,9 milhões), em 12 meses de 2010, para US$ 5,9 milhões (R$ 11 milhões), em nove meses de 2011.

"Eles estão tentando frear novas regulamentações, e até cortá-las pela raiz", disse Michael Beckel, porta-voz do centro. "Há muito interesse dos bancos em jogo, e eles querem ter certeza de que terão o tratamento mais favorável possível."

Dinheiro no caixa, o setor aparentemente tem. Segundo o "The Wall Street Journal", os bancos americanos registraram, entre julho e setembro deste ano, lucro de US$ 35 bilhões, o maior nos últimos quatro anos.

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